Plano
Ministério vai lançar processo para novas ferrovias no dia 10
Ao fazer um balanço da atuação do governo federal no setor rodoviário e ferroviário, o ministro dos Transportes, César Borges, também disse que espera lançar no próximo dia 10 o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para os leilões de ferrovias no país. No PMI, grupos privados formalizam seu interesse em propor estudos, projetos e soluções para estruturação futura de um projeto de concessão.
Segundo ele, a expectativa é lançar PMIs de todos os trechos até o fim do ano. Borges disse que a ferrovia ligando Maracaju (MS) a Paranaguá não está incluída nessa primeira leva, mas ela pode se tornar prioridade se houver manifestação de interesse. "A questão mais complexa, do ponto de vista da engenharia, é o trecho de serra", lembra. A obra é estimada em R$ 9,87 bilhões.
Durante o encontro, empresários também mostraram as principais reivindicações do setor produtivo dentro do âmbito do Fórum Permanente Futuro 10. As discussões envolveram a passagem da BR-101 e da ferrovia Norte-Sul pelo Paraná e o contorno ferroviário em Curitiba.
A intenção é incluir as obras como a BR-101 e o contorno ferroviário no PAC 3, segundo a senadora Gleisi Hoffmann (PT), que estava na reunião. Mas, antes disso, terá de haver uma discussão para definir quais obras são prioritárias para agilizar a elaboração de projetos.
O ministro dos Transportes, César Borges, disse que o governo vai acompanhar atentamente a fusão da América Latina Logística (ALL) com a Rumo, do grupo Cosan, para garantir que a nova empresa possa atender todos os segmentos de mercado. Segundo ele, o objetivo da união das empresas tem de ser "ganhar no volume e não no preço". Borges participou de uma reunião técnica ontem na Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), em Curitiba.
De acordo com ele, o governo deve reforçar a fiscalização por meio da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que não permitirá que a nova empresa imponha preços abusivos ou restrições a clientes. Borges também disse que o governo, que apoia a fusão, pretende negociar com a concessionária para ceder o direito de passagem na sua malha para operadores independentes, medida que já está prevista no novo modelo de concessão do setor.
Na opinião do ministro, a ALL não atende bem o mercado brasileiro, com pouco investimento e preços elevados. "Há uma preocupação com o lucro e não com os investimentos na manutenção da malha", afirmou.
O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, disse que a fusão ainda gera apreensão no setor industrial e agrícola do estado. O presidente da Associação dos Produtores de Álcool e de Açúcar do Paraná, Miguel Tranin, concorda. "Já tínhamos uma condição ruim de preços com a ALL. Agora, com a Cosan, não sabemos como isso vai se comportar."
Segundo ele, durante a safra de grãos, entre março a abril, o preço do frete ferroviário da ALL, que geralmente é 30% mais barato, chega a se equiparar ao do rodoviário. O Paraná produz 3 milhões de toneladas de açúcar por ano e 90% desse volume é exportado.
Após análise do Cade, a fusão tem que ser submetida à ANTT, que poderá exigir contrapartidas do novo acionista majoritário. Representantes de entidades empresariais reunidas na Fiep entregaram ao ministro um pedido de inclusão de obras como condição para a aprovação da fusão. Entre elas, a modernização do trecho entre Guarapuava e Ponta Grossa, e a reativação do trecho MaringáCianorte, com extensão para Campo Mourão.
-
O que Holanda e Japão têm a ensinar ao Rio Grande do Sul em manejo de inundações
-
Tarcísio sinaliza ida para o PL e pode influenciar sucessão na presidência da Câmara
-
Para minimizar divergências, Pimenta diz que apoio do PT foi fundamental para Leite no RS
-
Helicóptero com o presidente do Irã sofre acidente; tevê estatal relata resgate difícil
Governo Lula importa arroz para vender com marca própria e preço fixado
Gustavo Franco: “Banco Central está fazendo tudo direitinho e espero que continue”
Brasil prepara contra-ataque às imposições ambientais unilaterais da Europa
Maior parte dos recursos anunciados por Dilma ao RS foi negociada no governo Bolsonaro