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Estaleiro do Açu, da OSX, recebe licença ambiental de operação

A OSX, indústria naval do grupo EBX, de Eike Batista, informou ontem que recebeu licença de operação para começar as atividades no estaleiro do Açu, localizado no norte do Rio. A autorização foi dada pelo Instituto Estadual do Ambiente. A companhia informou que a operação do estaleiro será iniciada com a construção de módulos e integração de duas unidades de produção de petróleo para a Petrobras, a P-67 e P-70. A companhia passa por um plano de enxugamento de custos desde que a OGX, petroleira do grupo, desistiu de investimentos em quatro campos de petróleo em julho. A empresa teve cinco encomendas canceladas – entre elas, uma contratada à Techint, empresa italiana com unidade em Pontal do Paraná – e ficou com duas plataformas ociosas. Entre as ações em andamento estão a reavaliação de contratos de prestação de serviço e terceirização.

Folhapress

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O empresário Eike Batista quebrou o silêncio desde que seu império começou a desabar no início deste ano e concedeu entrevista ao The Wall Street Journal. O protagonista de um dos maiores colapsos financeiros da história afirmou que os executivos do setor de petróleo que ele costumava chamar de "Dream Team" o enganaram. Ele também disse que seus investidores saíram do negócio antecipadamente, além disso, ele simplesmente não teve sorte.

"Eu sou o maior perdedor nisso tudo. Eu tentei criar riqueza para todos nós. Essa foi a razão de levantarmos todo o dinheiro – para criar riqueza e dividi-la", disse na sexta-feira o executivo em seu escritório no Rio de Janeiro. "Eu acreditei nisso. Vivendo em um país que tem essas descobertas de petróleo gigantescas, por que eu não poderia ter sido abençoado com uma delas?"

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Segundo a publicação, em apenas doze meses, o empresário teve uma das maiores e mais rápidas implosões financeiras dos tempos modernos, perdendo o posto de sétimo homem mais rico do mundo, quando possuía uma fortuna estimada de US$ 30 bilhões.

O texto lembra que o empresário tem conseguido vender partes de algumas de suas companhias, em uma "enxurrada de negociações", que parecem estar recuperando parte da credibilidade das empresas "X". O WSJ lembra do investimento de até US$ 560 milhões da EIG Management Co. na empresa de logística LLX, acordado em agosto, e da venda do controle da geradora de energia MPX à alemã E.ON, em julho – além da venda do Porto Sudeste da mineradora MMX à Trafigura Beheer BV e ao Mubadala Development Co., num negócio de US$ 400 milhões.

No auge de sua ascensão, diz a publicação, nenhuma das empresas do grupo EBX causou mais agitação do que a OGX. Para criá-la, "Batista montou um grupo de altos executivos vindos da Petrobras, que os investidores acreditavam ser ideais para selecionar os melhores campos de petróleo", diz o texto.

No entanto, a reportagem ressalta que Eike Batista disse que esses executivos eram bons em encontrar petróleo, mas não produzi-lo. Também afirmou que eles não conheciam a geologia com a qual a OGX lidava. "Pior, afirma, eles lhe entregavam relatórios brilhantes para convencê-lo a pagar gordos bônus". Vários ex-executivos da OGX não quiseram comentar.