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Com o apagão, população se reuniu nos terminais de ônibus de Caracas | EFE/MIGUEL GUTIÉRREZ
Com o apagão, população se reuniu nos terminais de ônibus de Caracas| Foto: EFE/MIGUEL GUTIÉRREZ

Um apagão atingiu hoje, por algumas horas, 14 dos 23 estados da Venezuela, afetando também parte da capital Caracas, em geral poupada dos cortes de luz programados ou não pelo governo, que enfrenta crise energética desde 2009.

A falha no fornecimento, que começou pouco depois do meio-dia (13h30 em Brasília), causou a interrupção temporária no serviço do metrô de Caracas e complicou mais o trânsito na cidade e em outras metrópoles.O Ministério da Energia Elétrica disse que o apagão foi causado por falhas nas linhas de transmissão. A pasta abriu uma investigação.

Já o presidente do país, Nicolás Maduro, disse que "tudo parecia indicar" que os opositores a seu governo eram os causadores da falha no serviço elétrico."A essa hora tudo parece indicar que a extrema direita retomou seu plano de "golpe elétrico' contra o país. Alerta e Ativos: os venceremos", escreveu Maduro no Twitter.

O apagão não afetou refinarias nem a indústria petroleira, coração da economia venezuelana, já que a estrutura tem geradores próprios.

No fim da tarde, o serviço começou a ser estabelecido na maior parte do país.Em março, o então recém-eleito Maduro decretou "estado de emergência elétrica" por 90 dias no sistema elétrico e convocou as Forças Armadas para garantir a segurança das instalações.

Investimentos

O país já tinha declarado emergência semelhante em 2010, no auge da crise energética, mas os apagões fora da capital continuaram.

Enquanto o governo atribui os problemas a questões climáticas, ao excesso de consumo e à "sabotagem", críticos atribuem os blecautes à falta de investimentos e à ineficiência do setor após a nacionalização promovida pelo presidente Hugo Chávez, morto em 5 de março.

Os cortes constantes de luz, especialmente em cidades menores, são tema das eleições municipais, que ocorrem em dezembro.

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