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São poucos os brasileiros que conseguem guardar um dinheirinho no fim do mês. Segundo estudo realizado pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ), em parceria com o instituto de pesquisa Ipsos, apenas 13% dos entrevistados de mil domicílios - em 70 municípios e nove diferentes regiões metropolitanas do país - têm algum dinheiro guardado. O percentual é o mesmo registrado no ano passado.

Homens são os que mais conseguem poupar, segundo o levantamento, atingindo um patamar de 16%. Os mais jovens são os campeões em guardar dinheiro: a faixa etária de 16 a 24 anos é a que mais tem reservas (15% do total). A maioria também fica na Região Sudeste, onde 16% juntam economias.

Se comparado a outros países, o Brasil tem uma das menores médias de recursos poupados. De 2003 a 2006, o país guardou uma quantia referente a 21,6% do PIB (Produto Interno Bruto, que é a soma das riquezas da nação), enquanto a China registrou média de 50,2%, Rússia, de 34,3% e Índia, de 24,3%. Para o presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, isso se explica pelo 'boom' do consumo.

- O Brasil vive uma arrancada do consumo doméstico como há muito tempo não se via, incentivada, principalmente, pelo crédito, que tem chegado às mãos do consumidor a juros mais baixos, embora ainda elevados, e com prazos maiores. Essa opção do brasileiro pelo consumo imediato resulta em baixos níveis relativos de poupança no país - disse Diniz.

A pesquisa mostra ainda que metade dos brasileiros que consegue guardar dinheiro faz isso com o objetivo de reformar a casa. Das opções citadas como destino das economias, essa foi a que mais avançou de um ano para outro: dez pontos percentuais. A escolha foi tanto de homens quanto de mulheres, entre 35 e 44 anos.

Em seguida, aparecem gastos com lazer (8%), compra de imóveis (7%), preocupação com o futuro (4%) e eletrodomésticos (2%).

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