Depois de criar quatro estatais em pouco mais de dois anos de mandato, a presidente Dilma Rousseff deve autorizar, na semana que vem, a privatização de uma das mais antigas empresas públicas brasileiras. Fundado em 1939, o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), que tem capital de R$ 2,5 bilhões, será desestatizado, concluindo um processo iniciado há 15 anos.
O governo, que hoje detém 100% das ações ordinárias, que dão direito a voto no conselho de administração, vai passar a ter 49% da participação, que será dividida entre o Tesouro Nacional e o Banco do Brasil (BB). O governo montou uma engenharia, conduzida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), para trocar o IRB de mãos.
As ações preferenciais serão convertidas em ordinárias, transferindo poder de voto a acionistas privados. Finalmente, o IRB vai fazer uma oferta de ações ordinárias, ao preço de R$ 2.577,00 cada uma, para aumentar seu capital e, assim, diluir a participação da União e do BB aos 49% desejados pelo governo.
Ao final, o BB não vai perder espaço. O governo prepara, ainda para este ano, uma venda da parcela dos 49% do capital do IRB que ficarão com o Tesouro para o Banco do Brasil. No desenho fechado pela equipe econômica, o IRB será uma empresa privada com o BB e o Tesouro como sócios. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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