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Após a balança comercialregistrar em janeiro o primeiro déficit em quase oito anos, por conta primordialmente do recuo das vendas externas em um cenário de recessão nas principais economias do mundo, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral, informou que "várias medidas" para estimular as exportações estão na iminência de serem anunciadas pelo governo federal.

"Vai ter várias medidas para exportações. São iminentes", informou Barral. Ele disse ainda que o Ministério do Desenvolvimento já propôs dezenas de medidas ao governo federal com este objetivo. "Tem a continuidade do PDP [política industrial], melhora da logística [transporte], novos acordos comerciais e promoção das exportações, entre outros", afirmou ele.

Sem dar mais detalhes, Barral informou que a melhoria das exportações passa pelo aumento do crédito, pela desoneração das vendas ao exterior e pela busca de novos mercados. "O governo sempre está estudando medidas para desonerar exportações e conceder crédito para as vendas externas", disse.

Onda de promoção às exportações

O secretário de Comércio Exterior diagnosticou ainda que há medidas similares sendo adotadas em outros países. "Há uma onda de promoção às exportações, principalmente via financiamento", observou Barral.

Ele informou que o Brasil está monitorando as iniciativas já implementadas para questioná-las caso sejam contrárias às regras da Organização Mundial de Comércio (OMC). "Há arroubos protecionistas ao redor do mundo. O protecionismo é um câncer e o populismo é a sua metástase. Estamos acompanhando isso com atenção", afirmou ele.

Preocupação com a demanda em queda

Apesar de estar costurando medidas para estimular as exportações, o secretário de Comércio Exterior admitiu que a demanda, principalmente dos países considerados mais "desenvolvidos" (cerne da atual crise), deve continuar em baixa neste ano. "Não há demanda (...) Tem que esperar o mundo se recuperar", avaliou ele.

A saída, segundo Barral, pode ser os países em desenvolvimento, que devem continuar crescendo, mesmo em um ritmo menor do que em 2008. "Vamos continuar investindo na promoção comercial em países em desenvolvimento", afirmou ele, citando dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) que apontam para uma retração econômica de 2% nos países desenvolvidos, e um aumento de 3,3% nos países em desenvolvimento neste ano.Resultados "ruins" até março

Até o fim de março, quando começam as exportações da safra agrícola e uma retomada mais forte da produção industrial brasileira, o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento avaliou que os resultados da balança comercial brasileiras deverão permanecer "ruins".

"Até março, vai ser ruim. A partir de abril, tem a retomada da produção industrial e venda da safra agrícola", disse a jornalistas. Acrescentou que, geralmente, os meses de janeiro já apresentam um resultado fraco. "Neste ano, com a crise, o efeito [negativo] é mais forte", concluiu.

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