O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, afirmou nesta terça-feira (5) que a economia norte-americana vai atingir o "fundo do poço" e melhorar "mais para o fim do ano".
"Entre os elementos para essa previsão estão o início da estabilização do mercado imobiliário (...). A demanda final deve também ser fomentada pelo estímulo fiscal e monetário", disse.
O mercado de trabalho norte-americano viu 5 milhões de empregos serem eliminados nos últimos 15 meses. E o problema ainda não foi resolvido.
"A informação mais recentente sobre o mercado de trabalho - o número de novos pedidos e renovações de seguro-desemprego - sugere que veremos novos cortes de vagas e aumento de desemprego nos próximos meses", ressaltou Bernanke.
Empresas em dificuldades
Apesar de alguns sinais de melhora, já percebidos no consumo e no mercado imobiliário, o presidente do Fed ressaltou que esses efeitos ainda não chegaram às empresas, que continuam a investir muito pouco.
Apesar de prever uma recuperação, o crescimento real da economia pode ficar abaixo do potencial de longo prazo por "um tempo", frisou o presidente do Fed.
"As pesquisas mais recentes sobre negócios foram um pouco mais positivas, mas as empresas ainda estão reportando quedas em novos pedidos e restringindo gastos (...). Nossa recente pesquisa sobre empréstimos mostrou nova retração da demanda nos setores comercial e industrial", frisou o presidente da autoridade monetária dos EUA.
Dentro do cenário de crescimento reduzido, o Fed prevê que a inflação continuará em baixa. "Com a redução do uso de recursos e a diminuição dos custos com petróleo e outras commodities, a inflação deve continuar a a cair durante este ano, em relação aos patamares de 2008", afirmou Bernanke.
