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O desempenho do setor automotivo brasileiro deverá ser mais forte que o previsto inicialmente neste ano, estimulado por redução dos juros, extensão dos prazos de financiamento e aumento do crédito.

A Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) revisou seus prognósticos para 2007 após divulgar nesta terça-feira os números de maio, que foram os melhores da história, superando os dados de dezembro de 2006.

"Existe dentro do país um processo de aumento da demanda. Quando você vê um cenário positivo para a economia, que se projeta para frente, as pessoas compram", disse Sérgio Antônio Reze, presidente da Fenabrave. "Somam-se a isso os juros menores e o aumento dos prazos de financiamentos nas compras dos veículos".

O prazo médio de financiamento passou de 30 meses um ano atrás para 48 meses agora, sendo 72 meses o prazo máximo encontrado no mercado atualmente, segundo Reze.

As vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no país aumentaram 17,7 por cento em maio na comparação com abril, para 210.719 unidades.

Em relação a maio do ano passado, houve salto de 28,44 por cento. No ano, as vendas estão acumuladas em 882.046 unidades, alta de 23,76 por cento sobre igual período de 2006.

As vendas do setor como um todo, que engloba também motos, foram as maiores da história em maio, subindo 15,7 por cento sobre abril e 28,6 por cento contra igual mês de 2006.

Reze disse que os resultados de maio surpreenderam e revisou as estimativas para o ano. O prognóstico para as vendas de automóveis e comerciais leves passou de crescimento de 11 para 14,7 por cento, atingindo 2,160 milhões de unidades.

A previsão para as vendas do setor como um todo foi revista de elevação de 12 para 17 por cento, totalizando 3,861 milhões de unidades. Os dados da entidade são apurados com base em emplacamentos.

RECLAMAÇÕES

Apesar dos bons números divulgados pela indústria automotiva, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veiculos Automores (Sindipeças) entregaram ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, propostas para reduzir os impostos e os custos financeiros do segmento.

Segundo Reze, o setor precisa ter segurança nas condições econômicas futuras para começar a investir agora, uma vez que já está se aproximando do limite de sua capacidade instalada.

Ele afirmou que a indústria demanda redução de tributações sobre exportação. "As montadoras estão cuidando do setor exportador. Se você quer uma indústria competitiva, você tem que ter um pedaço dessa indústria voltada para o mercado externo."

Segundo as montadoras, a queda do dólar vem prejudicando o desempenho dos produtos brasileiros no exterior.

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