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As vendas reais da indústria apresentaram queda de 0,9% em abril deste ano, contra o mês anterior, informou, nesta segunda-feira (4), a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a entidade, o recuo das vendas em abril deste ano é reflexo da queda de 2,7% do dólar no período. No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, porém, o resultado ainda está positivo, visto que as vendas subiram 4,8%.

"Após crescimento deste indicador nos dois meses anteriores, a redução de abril pode ser considerada como um movimento de acomodação. Importante ressaltar que a variação cambial em abril se deu com mais força (2,7% no mês) que em cada um dos três meses anteriores. Esse fenômeno continua minando de forma cada vez mais intensa a competitividade dos setores mais intensivos em mão-de-obra", avaliou a CNI.

A entidade informou ainda que, caso a queda do dólar continue ocorrendo nos próximos meses, no mesmo ritmo de abril, isso deverá dificultar a trajetória positiva das vendas reais no futuro. "É algo que deve se repetir em maio. À medida em que há valorização do real frente do dólar, isso tem impacto sobre o faturamento da indústria", avaliou Paulo Mol, economista da CNI. Ele notou ainda que a tendência de queda do dólar permanece nesse início de junho.

Setores

Entre os setores que sofrem com a queda do dólar, a CNI identificou o de materiais eletrônicos e de telecomunicações. No início de 2006, as vendas deste setor foram impulsionadas pela Copa do Mundo. No começo deste ano, porém, estão recuando com a queda da moeda norte-americana. Outro setor que sofre é o de calçados. Porém, as vendas crescem nos setores sucro-alcoleiro, alimentos e bebidas, veículos automotores e máquinas e equipamentos, entre outros.

Emprego industrial

No caso do mercado de trabalho, porém, houve crescimento de 0,5% em abril, contra março, e de 3,4% nos quatro primeiros meses deste ano. "O mercado de trabalho na indústria continua a trilhar uma trajetória de maior dinamismo", informou a CNI. A entidade lembrou que o desempenho positivo neste indicador ocorre por três meses consecutivos.

Horas trabalhadas

As horas trabalhadas na produção, no mesmo sentido do emprego industrial, apresentou elevação de 0,8% em abril e de 3,6% no primeiro quadrimestre de 2007. "Com isso, é a terceira vez consecutiva que esse indicador registra variação positiva. A expansão indica algum preenchimento da capacidade ociosa da indústria", avaliou a CNI.

Capacidade instalada

O índice de utilização da capacidade instalada da indústria, por sua vez, subiu de 82,1% em março para 82,6% em abril deste ano. Esse é o maior patamar desde 2003. "O aumento da capacidade instalada mostra necessidade de expandir o parque fabril, o que sinaliza expansão no ritmo de investimentos em 2007", informou a entidade.

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