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Cerca de 200 funcionários de uma obra no bairro Água Verde, em Curitiba, cruzaram os braços, na manhã desta sexta-feira (2), em solidariedade aos 32 trabalhadores demitidos no início da semana sem ter recebido o salário do mês de fevereiro e as verbas rescisórias, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de Curitiba e Região Metropolitana (Sintracon). A paralisação terminou às 13h. Após retomarem os trabalhos, os funcionários disseram que devem reivindicar os pagamentos devidos na Justiça.

A obra, que fica nas esquinas entre as ruas Dom Pedro I e Professor Luiz César, é de responsabilidade da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI), que repassou à Thá Engenharia, que terceirizou os serviços para a Soares e Paixão Limitada. Os 32 funcionários demitidos já haviam realizado um protesto em frente à obra na última quarta-feira (29), mas não conseguiram negociar suas reinvindicações.

O presidente do Sintracon, Domingos de Oliveira David, afirmou que a obra está foi parada desde as 7h da manhã. "Eles cruzaram os braços para se mobilizar, porque não acham justo que eles tenham trabalhado e recebido seus salários, e os demais trabalhadores não", ressalta.

Segundo David, a empresa procurou os trabalhadores para uma negociação, mas o sindicato já avisou que não vai aceitar o pagamento de parte das dívidas. "Eles querem negociar na segunda-feira, mas vamos buscar na Justiça o pagamento integral do que é de direito", afirma.

O presidente do sindicato ainda informou que existem outros casos semelhantes com trabalhadores da mesma empresa que não receberam os pagamentos previstos por lei.

Segundo os trabalhadores, a Soares e Paixão, que teve o contrato rescindido com a Thá Engenharia, teria informado aos funcionários desligados que eles deveriam buscar seus direitos na Justiça.

Procurada na manhã desta sexta-feira, a assessoria de imprensa da Thá Engenharia informou que o posicionamento em relação ao caso está mantido. "A Thá Engenharia informa que a empresa prestou serviços e teve o seu contrato rescindido, na forma legalmente estabelecida, com o integral cumprimento de suas obrigações. Os assuntos que envolvam a Soares e Paixão Limitada e seus próprios empregados devem ser manejados diretamente entre eles e o Sindicato que os represente", informou a nota.

A assessoria de imprensa da Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI) emitiu a seguinte nota: "A CCDI está em contato com a construtora responsável pela obra - Thá Engenharia - para acompanhar as providências que estão sendo tomadas pela empresa em relação à situação."

A Soares e Paixão Limitada não foi encontrada pela reportagem para comentar o assunto.

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