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A Bovespa acionou o mecanismo de circuit breaker, nesta quarta-feira, depois de atingir queda de 10% | Reuters
A Bovespa acionou o mecanismo de circuit breaker, nesta quarta-feira, depois de atingir queda de 10%| Foto: Reuters

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em forte queda nesta quarta-feira (22), em pregão marcado pela interrupção dos negócios durante a tarde após recuo de 10% nas cotações. No final do dia - cujo pregão foi prorrogado devido à paralisação - o índice Ibovespa, o principal do mercado nacional, marcou baixa de 10,18%, aos 35.069 pontos. A bolsa operou em queda durante todo o pregão, no embalo da onda pessismista causada pelo medo de uma recessão na economia mundial, até o acionamento do "circuit breaker" - mecanismo que interrompe as negociações - pouco depois das 17h. A última vez que o sistema havia sido acionado havia sido no dia 15 de outubro. Desde o agravamento da crise financeira, o mecanismo já acionado seis vezes - a primeira delas no dia 29 de setembro. Cotações

Entre os ativos de maior peso na carteira, Petrobras PN caiu 7,20%, para R$ 23,20, e Petrobras ON cedeu 7,90% (R$ 27,95); Vale PNA perdeu 8,67%, para a R$ 24,10; Vale ON caiu 5,68%, para R$ 27,20; BM & FBovespa ON teve queda de 11,43%, para R$ 5,50 e Bradesco PN se desvalorizou 11,49%, a R$ 22,48. No Brasil, os investidores também acompanharam o anúncio de medidas do governo contra a crise financeira. Nesta quarta, uma Medida Provisória autorizou o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprar participações em outras instituições financeiras no país. Em coletiva, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que 'não tem banco quebrando no país'. Cenário global

As bolsas registraram fortes perdas em todo o mundo com o medo de recuo da economia mundial. Nos EUA, o quadro foi agravado por resultados negativos de empresas, como o banco Wachovia, que anunciou prejuízo recorde de US$ 23,9 bilhões. Como resultado, o índice Dow Jones caiu 5,69%, o S&P recuou 6,10% e o Nasdaq perdeu 4,77%.

Das 49 companhias americanas que anunciaram previsões de resultados entre segunda-feira à noite e terça-feira, 45% foram negativos, 30% de acordo com as expectativas, 21% moderados e apenas 3% positivos. Já na Inglaterra, o primeiro-ministro inglês Gordon Brown admitiu que o Reino Unido não escapará da recessão. Na Europa, o índice FTSE-100, da bolsa de Londres, encerrou o pregão em baixa de 4,46%, mesmo percentual registrado por Frankfurt. A bolsa de Madri, influenciada pelas quedas de mais de 10% na Argentina, recuou 8%.

A situação se repetiu na Ásia. O pior desempenho ocorreu em Tóquio, onde o índice Nikkei, que registrou pequeno lucro no pregão de terça (21), perdeu 6,79% e fechou o dia em 8.674,69 pontos. Foi a décima pior queda percentual desde a criação do indicador, em 1950.

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