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O governo espera que a desoneração da cesta básica retire 0,6 ponto porcentual da inflação de 2013. Mas, ao menos por enquanto, o mercado financeiro conta com um impacto bem mais limitado. Após a retirada de impostos federais, as instituições consultadas pelo Banco Central reduziram em apenas 0,1 ponto a projeção média para o IPCA deste ano.

No Boletim Focus divulgado na semana passada, com previsões anteriores à desoneração, a expectativa média para o IPCA era de 5,82%. No relatório de ontem, o palpite baixou a 5,73%.

É possível que esse número caia mais nas próximas semanas – pode ser que alguns bancos e consultorias ainda não tenham revisado suas estimativas. Mas o fato é que parte dos analistas não acredita que toda a desoneração chegará ao consumidor.

Na semana passada, a economista Alessandra Ribeiro, da Tendências Consultoria, disse à Gazeta do Povo que projeta um impacto de aproximadamente 0,45 ponto, incluídos os efeitos indiretos: "Os varejistas devem se apropriar um pouco da desoneração, para melhorar margens. Por outro lado, existe um benefício indireto. Os doces, por exemplo, podem ficar um pouco mais baratos por causa do barateamento do açúcar".

Tira daqui, põe ali

A consultoria Rosenberg decidiu manter em 5,8% sua projeção para o IPCA de 2013. Além de não acreditar em repasse integral do benefício tributário, a firma acredita que, "se a medida realmente esboçar um alívio significativo, é plausível supor que o governo poderá aproveitar o espaço para aprovar reajustes represados, como os 5% adicionais de aumento no preço da gasolina".

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