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O dólar subiu pela quinta sessão consecutiva nesta sexta-feira, repercutindo a valorização da moeda norte-americana e a queda das bolsas de valores no exterior.

No fechamento, o dólar avançou 0,40 por cento, a 1,773 real. Na semana, a alta acumulada foi de 2,5 por cento.

No exterior, enquanto o mercado local fechava, o dólar tinha alta de 0,6 por cento ante as principais moedas, refletindo dados que mostraram melhora no setor industrial dos Estados Unidos em inflação sob controle .

A preocupação com a Grécia e rumores sobre a renúncia da chanceler alemã Angela Merkel --negados pelo governo-- também derrubaram o euro e favoreceram a alta do dólar.

Além da subida do dólar no mercado internacional, as cotações foram influenciadas pelo desempenho ruim das bolsas após o banco norte-americano JP Morgan reportar perdas ainda grandes com empréstimos no quarto trimestre. Isso colocou os principais índices em Nova York e no Brasil em queda de mais de 1 por cento.

A alta do dólar "foi basicamente em função dos números do mercado americano", disse Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora. "E também a bolsa caindo mais de 1 por cento."

Apesar dos fatores negativos, a alta do dólar foi relativamente contida no Brasil, com a cotação mantendo-se abaixo de 1,78 real.

Nos últimos dias, operadores apontavam o interesse de alguns agentes em uma alta mais suave da moeda norte-americana, pois detinham posições vendidas em dólar. Bancos, por exemplo, detêm mais de 12 bilhões de dólares em vendas líquidas no mercado futuro.

Na outra ponta estão os estrangeiros, com quase 7 bilhões de dólares em posições compradas e que intensificaram a demanda em meio à preocupação com a eventual presença do Fundo Soberano do Brasil no mercado de câmbio.

O volume se recuperou no mercado à vista frente à cifra de 1,4 bilhão de dólares das últimas duas sessões. Segundo dados parciais da câmara de compensação (clearing) da BM&FBovespa, que exclui o leilão do Banco Central e algumas operações, o giro até cerca de meia hora do fechamento era de 2,49 bilhões de dólares.

Em termos de fluxo, o mercado ainda aguarda a chegada dos recursos captados por várias instituições, como Votorantim e Banco do Brasil. Nesta sexta-feira, o BB vendeu bônus de cinco e 10 anos no exterior, com volume de 1 bilhão de dólares, segundo o IFR, serviço de informações financeiras da Thomson Reuters.

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