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A expectativa da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) é que a dragagem permita a retomada da navegação de grandes navios com carga completa. Após a obra, a Capitania dos Portos avaliará qual será o novo calado máximo, ou seja, a profundidade da parte submersa dos navios que será permitida para o tráfego de embarcações no local. Para a autoridade portuária, é possível que essa medida volte para os 12,5 metros originais. Já o engenheiro Geert Prange, que acompanhou a comissão que discutiu o projeto da dragagem, estima um calado máximo de 12 metros.

Esse limite já seria suficiente para um escoamento mais eficiente da safra agrícola, a partir de março. Isso porque o Porto de Paranaguá está habilitado para receber navios do tipo "Panamax", cujas medidas chegam a 294 metros de comprimento (no porto paranaense, o máximo permitido é de 285 metros) e 12,04 metros de calado.

Com a profundidade navegável atual, de 11,3 metros, os grandes graneleiros, que levam de 60 mil a 65 mil toneladas, não podem ser totalmente carregados. Entre 10% e 15% do espaço nos porões fica vazio, segundo um grande exportador de grãos. Como as operadoras cobram o frete de acordo com a carga máxima, há um aumento no custo de transporte de até 17%. No caso de um novo rebaixamento de calado para 9,9 metros, haveria uma redução de outras 12 mil toneladas no peso carregado por navio, o que faria disparar o valor dos fretes em Paranaguá.

Pós-Panamax

A Appa tem esperança de que a dragagem emergencial não só leve à recuperação do calado máximo de 12,5 metros, como também vai investir para que seja liberada a entrada de navios chamados de "Pós-Panamax". "Com o canal de acesso regularizado, vamos fazer uma simulação para a entrada de navios de até 310 metros de comprimento", afirma o superintendente da Appa, Daniel Lúcio Oliveira de Souza. A aferição será feita por técnicos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade de São Paulo (USP). Com navios maiores, é provável que o custo do frete em Paranaguá caia.

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