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Jobs apresenta o iPad: destaque para a bateria, que aguenta 10 horas de uso contínuo | RyaAnson/AFP
Jobs apresenta o iPad: destaque para a bateria, que aguenta 10 horas de uso contínuo| Foto: RyaAnson/AFP

Depois de meses de espera desde que seus planos de produção se tornaram conhecidos, a Apple lançou ontem o iPad. O tablet (um minicomputador, menor do que um netbook) de Steve Jobs – que, à primeira vista, parece um iPhone crescido – será vendido dentro de dois meses no mercado dos Estados Unidos. O aparelho tem uma tela de 9,7 polegadas, roda o mesmo sistema operacional do iPhone (por isso, os aplicativos criados para o celular da Apple também funcionam no iPad) e deve custar de US$ 499 a US$ 699, dependendo da capacidade de armazenamento. Há versões com 16, 32 e 64 gigabytes, em memória do tipo flash. A conexão com a internet pode ser por redes sem fio (wi-fi) ou via banda larga móvel (3G).

Não há ainda prazos ou preços para lançamento no Brasil, apenas duas promessas. A primeira é de que a versão 3G (que opera nas redes de terceira geração da telefonia móvel) estará disponível internacionalmente em 60 dias. A segunda é de que, fora dos EUA, versões 3G poderão ser vendidas em junho. Não há, entretanto, nenhum empecilho para que ele funcione aqui, uma vez que o iPad será vendido desbloqueado. O mais provável é que ele comece a chegar logo, por meio de turistas e importadores independentes.

Mas, afinal, o que é um tablet, e por que esse lançamento é importante?

Definição

Tablet é a palavra em inglês usada para aquelas tábuas de pedra onde eram feitas inscrições, na Antiguidade (sim, iguais àquelas que Charlton Heston segurava no filme Os Dez Mandamentos). A palavra também designa as pranchetas que são usadas para fazer anotações, como nas pesquisas de rua. E um tablet PC é um computador que lembra um desses objetos: plano, pequeno e portátil.

Houve experiências anteriores no formato, inclusive uma da própria Apple – o Newton, um aparelho que lembrava uma agenda eletrônica maiorzinha e que não caiu no gosto dos usuários. Desta vez a situação é bem diferente. A explosão dos aparelhos portáteis para conexão à internet fez com que o consumidor estivesse pronto para adotar esse tipo de produto.

Na concepção da Apple – e Jobs fez de tudo para deixar isso bem claro –, o tablet é uma supermáquina, apenas com dimensões pequenas. "Que tipo de tarefas ele executa?", perguntou Jobs, para ele próprio responder: "Navegação na internet, checagem de e-mail, compartilhamento de imagens, exibição de vídeos, reprodução de música, games, livros". Tudo isso com a preocupação com o design que caracteriza a empresa e a facilidade de uso que tornou o iPod e o iPhone campeões em sua categoria.

CaracterísticasPor dentro, o coração do iPad é o processador A4, desenvolvido pela própria Apple. Sua velocidade de processamento é de 1GHz, uma das maiores disponíveis entre equipamentos móveis. A tela é outro destaque, com a possibilidade de reagir a múltiplos toques simultâneos. Mas nenhum deles supera o desempenho que Jobs promete para a bateria do iPad: um mês em stand by, ou dez horas de uso contínuo.

Com essas características, o iPad tem potencial para ser realmente o que a Apple promete, uma revolução no jeito de usar o computador. Principalmente no que se refere a informação e entretenimento. Para jogar, ver filme e ler livros e jornais, o iPad parece excelente. Para escrever, no entanto, ele deve deixar um tanto a desejar – a não ser que o usuário leve um teclado a tiracolo, porque digitar no teclado virtual da tela não parece uma possibilidade muito confortável.

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