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Tenho observado que ultimamente têm sido frequentes as matérias e artigos sobre mudanças requeridas nos MBAs, no sentido de contemplar mais a questão do empreendedorismo. A crítica é conhecida e verdadeira. A maioria destes programas é demasiadamente teórica, com poucas atividades de campo e, principalmente, sem fazer a essencial ligação entre teoria e prática.

Outra análise que pode ser feita é que os MBAs tradicionais dão ênfase na formação de executivos que desejam fazer carreira em grandes empresas, cuja governança e planos de carreira já são amplamente tratados nestes currículos.

O que não é levado em consideração é que o mercado vem mudando consideravelmente, ampliando o número de novos negócios, que demandam muita agilidade, inovação e senso de oportunidade por parte de seus gestores.

É mais que plausível a análise de que a educação executiva no Brasil precisa passar por transformações para ser mais que um reflexo do mercado, assumindo a condição de vetor estratégico na formação de lideranças inovadoras que atuarão como protagonistas na criação de novos negócios baseados em paradigmas diversos.

Muito além das técnicas ainda medievais da sala de aula, é preciso ampliar o escopo das escolas de negócios, desde os métodos tradicionais de ensino até a forma como elas interagem com a sociedade em toda a sua esfera de influência.

O modelo educacional para jovens e adultos deve estimular a educação experiencial, com foco na transdisciplinaridade e transversalidade das diversas áreas de conhecimento, integradas com o despertar de competências atitudinais. Com isso, podemos oferecer aos jovens empreendedores o incentivo e a sustentação para um modelo educacional inovador, lastreado no desenvolvimento integral como forma de alavancagem para a autoformação.

Entendemos que assim as críticas que vem sendo apresentadas aos MBAs tradicionais possam contribuir de maneira positiva e efetiva no aprender a empreender de forma inovadora e sustentável. Esta é a educação executiva de qualidade que o Brasil precisa para ser competitivo no cenário global.

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