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A Argentina espera reativar os setores de energia e imobiliário com uma nova lei de anistia fiscal que visa estimular a classe média e os investidores a declararem os dólares que detêm no exterior e os colocarem novamente em circulação no país. A nova lei foi aprovada pelo Congresso na quarta-feira, depois de uma maratona de discussões em que a oposição criticou a medida por não abordar o que considera ser a causa raiz do problema de evasão de capital no país – a falta de confiança.

A Argentina, excluída do mercado de títulos desde a moratória da dívida soberana em 2002, precisa da entrada de divisas para desenvolver a sua incipiente indústria de óleo de xisto e reativar um mercado imobiliário que opera em dólares. Cerca de US$ 200 bilhões, em sua maioria não declarados, estão escondidos debaixo de colchões na Argentina ou depositados no exterior, de acordo com projeções oficiais do governo.

Os argentinos tendem a buscar segurança na moeda dos Estados Unidos em vez de deixar suas economias vulneráveis ​​à inflação do país, estimada por economistas do setor privado em 25 por cento ao ano – bem acima da taxa oficial –, e às políticas governamentais imprevisíveis que minaram a confiança na terceira economia da América Latina. Sob a nova lei, os argentinos que queiram tirar proveito da oferta de anistia devem usar os dólares não declarados para comprar títulos que serão utilizados para financiar projetos de energia e infraestrutura. Os títulos terão vencimento em 2016 e cupom de 4%. A Argentina também vai oferecer um instrumento de poupança separado, apoiado pelo banco central, para financiar projetos de habitação.

Os opositores à lei disseram que a medida visa mascarar os efeitos da ausência do país dos financiamentos tradicionais, que requerem políticas públicas sustentáveis.

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