O governo da presidente argentina Cristina Kirchner iniciou ontem uma operação de 90 dias para tentar captar dólares que fugiram do sistema financeiro local nos últimos anos.
Por meio de uma anistia fiscal, o governo começa a operar um novo instrumento denominado Certificado de Depósito para Investimento (Cedin), que busca dar impulso à construção civil e ao setor imobiliário, praticamente paralisados desde o ano passado, em consequência dos controles do câmbio.
O governo acredita que pode atrair cerca de US$ 3 bilhões até as eleições parlamentares de 27 de outubro. A quantia é insignificante se comparada com as estimativas oficiais, que apontam a existência de US$ 40 bilhões guardados em caixas-fortes de bancos locais ou nas residências e US$ 160 bilhões depositados no exterior.
O título pretende legalizar os dólares não declarados à Administração Federal de Rendas Públicas (Afip), equivalente à Receita Federal brasileira.
Lavagem de dinheiro
O cidadão entrega os dólares não declarados a qualquer banco e recebe em troca o Cedin, que poderá ser negociado no mercado secundário.
A lei que criou o instrumento não exige informações sobre a origem dos dólares, ponto duramente criticado pela oposição por facilitar a lavagem de dinheiro.
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