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Argentinos que desejam levar para o país seus dólares não declarados agora podem fazê-lo por meio de um novo instrumento, o Certificado de Depósito de Investimento Imobiliário (Cedin). A medida, aprovada em junho, começou a valer nesta segunda-feira (1º) e tem validade até 30 de setembro, embora o governo considere prorrogá-lo por três meses.

Quem adere ao sistema não é obrigado a informar a origem do dinheiro nem a pagar impostos. O vice-ministro da Economia, Axel Kicillof, estima que os argentinos têm US$ 200 bilhões não declarados, no território e fora. Entre 2008 e 2009, a Argentina fez abertura parecida e permitiu a legalização de US$ 4 bilhões.

Na Argentina, os negócios do mercado imobilário se fazem principalmente em dólares. Por isso, as restrições à venda da moeda americana, que entraram em vigor no fim de 2011 para estancar a fuga de capitais, congelou o setor. Os certificados, que terão nominações de US$ 100 a US$ 100 mil, poderão ser usados na compra de terrenos e imóveis e de materiais de construção e reforma de residências.

Os certificados serão entregues pelo comprador no lugar do dinheiro. O BC dá garantia de pagamento, que acontecerá dois dias após a apresentação do papel. O vendedor cobra o dinheiro e assina a escritura. Os papéis também poderão ser usados como meio de pagamento para eletrodomésticos e carros, desde que o vendedor os aceite. Também poderão ser vendidos no mercado secundário pela Bolsa de Comérco, bancos e casas de câmbio.

A expectativa do presidente da Câmara Argentina da Construção, Gustavo Weiss, é que os títulos sejam cotados na bolsa a valores próximos do paralelo. Atualmente, o dólar está a 5,4 pesos no oficial e 8,05 no paralelo.

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