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O governo da Argentina vai decretar mais uma estatização a fim de evitar a falência de uma empresa e impedir a demissão dos 530 empregados. Trata-se da alemã Mahle, uma fábrica de aros e pistões localizada em Rosario, província de Santa Fé. À venda há alguns meses, a companhia não encontrou um comprador e o Estado decidiu assumi-la, como ocorreu recentemente com a fábrica de papel Massuh, que também foi estatizada. A informação foi dada pela vice-ministra de Trabalho de Santa Fe, Alicia Cicliani. Nesta quarta (15), a Mahle compareceu a uma audiência na Secretaria de Trabalho regional e comunicou que "não vai dar continuidade às negociações com as empresas privadas porque o Estado vai assumi-la", disse ela.

A principal candidata a comprar a Mahle era a indústria brasileira de autopeças Europarts. Com sede em São Paulo, o dono da Europarts é o empresário argentino Ramiro Vasena, que, segundo a imprensa local, teria vencido a concorrência com uma empresa argentina, a Taranto, para comprar a Mahle. Mas o negócio não prosperou porque "nenhuma das duas empresas garantia os empregos nem os níveis de produção da fábrica", afirmou uma fonte do Ministério da Produção da Argentina.

No fim de abril, a empresa alemã anunciou que, devido à crise mundial do setor automotivo e à necessidade de cortar despesas, fecharia sua fábrica em Rosário. Na ocasião, a empresa afirmou que manteria as atividades das outras duas plantas no país - uma fabricante de válvulas na cidade de Rafaela, também na província de Santa Fé, e outra em El Talar, na província de Buenos Aires. O governo se envolveu na negociação para evitar a demissão dos funcionários, que ocuparam as instalações da fábrica por medo do fechamento.

A atividade do setor de autopeças argentino já caiu mais de 50% este ano, segundo a Associação de Fábricas de Componentes (Afac). Outra indústria de autopeças, a sueca Autoliv, também anunciou o fechamento de uma fábrica na Argentina e a transferência das operações para sua unidade no Brasil.

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