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O governo da Argentina determinou hoje que siderúrgicas e distribuidoras de combustíveis revertam seus aumentos de preços recentes, numa tentativa de controlar a inflação antes das eleições marcadas para outubro. Em resolução publicada hoje pelo Boletim Oficial, o governo invoca uma lei de 1974 para forçar a indústria siderúrgica a rebaixar seus preços aos níveis de 21 de janeiro. Isso afeta tanto fabricantes quanto distribuidores e varejistas.

Segundo o texto da resolução, a lei "requer" que o ministro do Comércio intervenha na indústria "para prevenir que preços mais altos afetem produtos e serviços que são indispensáveis" para os argentinos.

Em outra resolução, o governo cita a mesma lei para determinar que as distribuidoras de combustíveis rebaixem seus preços para os níveis de 28 de janeiro. Na prática, porém, a medida aparentemente tem como alvo a Shell, única distribuidora de combustíveis que elevou seus preços recentemente. Tradicionalmente, a Shell é a distribuidora que cobra os preços mais altos nos postos de Buenos Aires e arredores. A empresa se recusou a comentar a resolução.

Segundo o criticado Instituto Nacional de Estatística e Censo (Indec), os preços ao consumidor subiram 10,9% em 2010. Economistas do setor privado, porém, estimam que a inflação foi de cerca de 25%. O ex-ministro da Economia Roberto Lavagna recentemente disse esperar que os preços ao consumidor subam 37% neste ano. O atual ministro, Amado Boudou, disse que é o setor privado - e não o governo - que deve controlar a inflação. As informações são da Dow Jones.

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