A nova estratégia agrícola do governo argentino envolve aumentar a produção em 60% até 2020, de acordo com comunicado do ministro de agricultura, Julian Domínguez, divulgado nesta segunda-feira (25). A produção de grãos deve aumentar 50%, para 150 milhões de toneladas, ante volume recorde produzido durante a temporada 2010/11.
A expectativa do governo é de que a produção de soja, principal cultura agrícola do país, cresça 34%, totalizando 70,9 milhões de toneladas. No caso do milho, a Argentina pretende expandir a produção em 106% e alcançar 43,9 milhões de toneladas. O objetivo do governo inclui ampliar a safra de trigo em 57% e obter 23,1 milhões de toneladas, enquanto as lavouras de semente de girassol deverão produzir 45% mais, o que corresponde a cerca de 19,1 milhões de toneladas.
O governo também visa a um aumento da produção de gado. De acordo com o comunicado do governo, depois que os rebanhos foram reduzidos em 10 milhões de animais ao longo dos últimos quatro anos, a produção de carne bovina deve crescer 70% até 2020. O governo também pretender registrar crescimento de 197% na produção de suínos, para 822 mil toneladas.
Segundo Domínguez, "nasceu uma nova burguesia nacional que produz, que tem presença no exterior, acredita firmemente no país e que apoia o país". Entretanto, alguns grupos do agronegócio olham para os planos do governo com bastante ceticismo neste momento. Eles são contrários, por exemplo, a tarifas de exportação impostas pelo governo argentino - que chegam a 35% no caso da soja -, além de outras medidas de controle do mercado, como limites para vendas externas de carnes e grãos.
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