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Buenos Aires (das agências) – A Argentina depositou ontem US$ 9,5 bilhões e encerrou sua dívida total com o Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo a agência Reuters. Dos US$ 9,810 bilhões, US$ 297 milhões foram pagos na semana passada. O pagamento havia sido anunciado pelo presidente Néstor Kirchner em 15 de dezembro do ano passado, dois dias após o Brasil anunciar o pagamento de sua dívida de US$ 15 bilhões com o Fundo. À época, Kirchner afirmou que a operação permitiria ao país economizar mais de US$ 800 milhões em juros.

A decisão argentina foi recebida com ceticismo. O mercado internacional temia que, sem a fiscalização do FMI, Kirchner anunciasse novas medidas populistas e heterodoxas.

O pagamento da dívida era um dos principais desejos alentados desde o início do mandato do presidente Kirchner, em maio de 2003. O dinheiro saiu das reservas do Banco Central, que até ontem somavam US$ 28,045 bilhões. No governo, há a confiança de que o nível de US$ 18,539 bilhões de reservas é suficiente para proteger a Argentina de qualquer eventualidade especulativa.

O BC está convencido de que é preciso reforçar o colchão financeiro das reservas e o fará ao longo desse ano para recuperar todo o dinheiro utilizado no pagamento ao FMI. Segundo fonte do BC, a primeira idéia é dar continuidade à compra de divisas, o que também ajuda a manter a moeda na casa desejada por Kirchner, entre 2,90 a 3 pesos.

Porém, não está descartada a alternativa de realizar uma nova emissão de títulos, os quais seriam adquiridos pelo governo do presidente Hugo Chávez, da Venezuela, que já comprou mais de US$ 1,5 bilhão de bônus argentinos.

Reservas

Uma fonte do ministério de Economia explicou que a ministra Felisa Miceli quer recuperar o nível das reservas até o fim de 2006. O objetivo é compartilhado pelo presidente da entidade, Martín Redrado.

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