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O governo de Cristina Kirchner não pretende afrouxar as fortes restrições impostas ao mercado de câmbio na Argentina, iniciadas em outubro de 2011 e ampliadas em 2012. "O controle chegou para ficar e não haverá flexibilizações", disse a presidente do Banco Central da Argentina, Mercedes Marcó Del Pont, em entrevista aos jornais Pagina 12 e Tiempo Argentino.

Os controles proibiram a remessa de lucros de empresas ao exterior e a compra de divisas para guardar como poupança. O governo só permite a compra de divisas em caso de viagens e por pequenos montantes. As proibições dispararam as taxas de operações de câmbio no mercado negro e desdobraram as cotações do dólar. Antes do bloqueio, a lei argentina permitia a compra de até US$ 1 bilhão/mês.

Mercedes afirmou que a Argentina "não tem déficit de dólares", ao contrário, tem "um superávit de mais de U$ 12 bilhões". Segundo ela, "o país possui todos os dólares que a economia necessita para continuar crescendo, para pagar suas dívidas e transferir lucros".

Os controles foram adotados para inverter a cultura argentina de poupar em dólares, fora do sistema financeiro. Segundo a titular do BC, esse dinheiro guardado deveria ser utilizado para financiar investimentos produtivos. "Ter limitado a compra de dólares para guardar foi uma decisão estratégica para garantir que não volte a aparecer o estrangulamento externo", explicou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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