Após dar sinais de recuperação em maio, a arrecadação federal voltou a recuar no mês passado. Segundo a Receita Federal, o valor coletado com impostos e outras contribuições somou R$ 85,683 bilhões em junho, valor 0,99% menor que o registrado um ano antes, quando descontada a inflação do período.
Com isso, a arrecadação acumulada no primeiro semestre ficou praticamente estável, em R$ 543,985 bilhões apresentando elevação real de apenas 0,49% ante o registrado na primeira metade de 2012.
O desempenho mais fraco da arrecadação reflete a retomada errática da economia e as desonerações realizadas pelo governo para tentar alavancar o PIB (Produto Interno Bruto) do país.
Sem o crescimento robusto das receitas, o governo enfrenta dificuldades para cumprir a meta de superavit primário (economia feita para pagar juros da dívida), que já foi reduzida de 3,1% do PIB para 2,3%.
Hoje a tarde está previsto que o governo anuncie um novo contingenciamento de gastos para compensar a arrecadação mais fraca e tentar cumprir a meta de superavit. Segundo a Folha de S.Paulo apurou, o corte nas despesas deve ficar próximo de R$ 10 bilhões.
O tamanho do corte de gastos foi tema polêmico na equipe do governo. Um corte maior sinalizaria ao mercado o comprometimento com as contas públicas. Mesmo assim, há dúvidas se R$ 10 bilhões serão suficientes para atingir a meta.
-
Queimadas crescem 154% na Amazônia e batem recorde no segundo ano do mandato de Lula
-
3 pontos que Flávio Dino “esqueceu” ao comparar os julgamentos do 8/1 com os do Capitólio
-
Os inimigos do progresso dentro do próprio país
-
Proibição de celulares nas escolas faz bem, especialmente para as meninas, sugere estudo da Noruega
Contas de Lula, EUA e mais: as razões que podem fazer o BC frear a queda dos juros
Muita energia… na política: ministro ganha poder com agenda ao gosto de Lula
Bônus para juízes, proposto por Pacheco, amplia gasto recorde do Brasil com o Judiciário
Quais impostos subiram desde o início do governo Lula e o que mais vem por aí
Deixe sua opinião