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No acumulado de janeiro a julho, o governo arrecadou em impostos e contribuições R$ 729,8 bilhões, em valores corrigidos pela inflação (IPCA). Este foi o pior resultado já registrado desde 2010. O governo federal arrecadou R$ 104,8 bilhões em julho de 2015, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal nesta terça-feira (18). O resultado indica uma queda real de 3,13% na comparação com o mesmo mês do ano passado e é o pior para um mês de julho nos últimos cinco anos.

O resultado mostra que a arrecadação federal segue enfraquecida. Em junho, a Receita recolheu R$ 97,091 bilhões em impostos e contribuições – queda real de 2,44% sobre igual período de 2014.

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O resultado de 2015 poderia ter sido ainda pior, mas a arrecadação contou com receitas extraordinárias, recolhimentos que não fazem parte do fluxo normal da arrecadação, de R$ 10 bilhões. O governo prevê que entrem R$ 51 bilhões nestas receitas.

De acordo com Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, o atual cenário econômico justifica os resultados do período. “A queda na arrecadação é motivada por uma conjugação de fatores, todos eles vinculados à atividade econômica. A forte desaceleração da atividade econômica impactou muito fortemente a arrecadação tributária”, explicou. Segundo a Receita, a produção industrial registrou retração de 5,82% nos primeiros sete meses de 2015. Já as vendas de bens e serviços caíram 5,67% no mesmo período.

Ainda de acordo com Malaquias, alguns tributos têm comportamento muito aderentes ao consumo e ao comércio varejista, outros são mais ligados ao setor industrial e outros dependem da perspectiva de resultados positivos na economia. “Diante de um momento que há indefinições e incertezas quanto a definição econômica, há impacto forte na arrecadação no imposto de renda e na arrecadação social”, disse.

Desonerações

Outra justificativa dada pela Receita para o fraco desempenho na arrecadação é que os setores que estão registrando melhor desempenho, como o agronegócio e exportações, são desonerados e acabam interferindo nos indicadores tributários. Também informou que houve, em 2015, acréscimo no volume de desonerações da ordem de 11,76% em relação ao mesmo período ano passado. Um dos principais valores está com relação ao número de empresas que aderiam ao modelo de tributação Simples Nacional, que cresceu 55% desde o ano passado.

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