O processo para começar a exportar para a Europa não é dos mais rápidos. Antes de mais nada, o empresário precisa se informar sobre as barreiras tarifárias, pois, dependendo das taxas de importação, seu produto perde competitividade lá fora. Também é necessário conhecer todas as exigências de qualidade de cada país, que são ainda maiores quando se trata de alimentos, segmento do qual fazem parte a maioria das empresas que participam da Semana do Paraná na França. Pesquisar o mercado no qual se quer entrar é imprescindível. De nada adianta ter um produto dentro de todas as normas se ele não cair no gosto dos potenciais clientes.

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Há empresários confiantes, como Álvaro Baggio Moscalewski, proprietário da fábrica Água Fresca, de Pinhais. Embora um pouco cauteloso, ele diz que há anos seus produtos estão prontos para o mercado internacional. A empresa, especializada em moda praia e fitness, exporta há cinco anos para Estados Unidos, Chile, Peru, Venezuela e alguns países do Caribe e da Europa. Mas entrar no mercado francês não é tão simples. Como muitas francesas são adeptas do topless, a maioria delas não dá muita importância à beleza do biquíni, e acaba comprando produtos baratos e de baixa qualidade. E nisso, admite Moscalewski, os chineses são incomparáveis.

Os biquínis da Água Fresca são vendidos a distribuidores norte-americanos por US$ 9 mas chegam a custar, em algumas lojas dos Estados Unidos, US$ 70.A aposta do empresário, portanto, não é atrair a massa das consumidoras francesas que compra pelo preço, e sim fisgar as mais vaidosas por meio do diferencial dos biquínis brasileiros. "Os nossos são muito mais elaborados, decorados com aplicações e bordados manuais." (FJ)

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