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Carros de representantes do sindicato foram atingidos por um diretor da metalúrgica | Alberto Dangele / RPCTV
Carros de representantes do sindicato foram atingidos por um diretor da metalúrgica| Foto: Alberto Dangele / RPCTV

As negociações entre patrões e empregados de uma metalúrgica de Ibiporã, no Norte do Paraná, acabaram em confronto entre patrões e empregados na manhã desta terça-feira (3). O presidente e o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Metalúrgica, Mecânica e de Material Elétrico de Londrina e Região (Stimmmel) acusam um dos diretores da Juntas Universal de racismo e agressão.

De acordo com Sebastião Raimundo da Silva, presidente do Stimmmel, os trabalhadores da indústria pediram a presença de representantes do sindicato para a realização de uma assembleia. Na pauta, estava a negociação da convenção coletiva de trabalho, além do reajuste da cesta básica e de aumento nos salários. "O piso da categoria é estimado em R$ 1,3 mil, mas com os descontos eles não estão ganhando nem R$ 1 mil. Fora a cesta básica, que tem valor de R$ 40", detalhou Silva.

Ao chegar à empresa, porém, um dos diretores teria batido a caminhonete que dirigia contra quatro carros e uma moto do sindicato. O presidente do Stimmmel foi até a delegacia de Ibiporã para registrar queixa do ocorrido. "Viemos aqui pacificamente negociar questões salariais e acontece tudo isso. Tentamos negociar com o patrão, mas pela estupidez com que ele nos tratou, os trabalhadores definiram pela greve por tempo indeterminado", relatou.

O secretário-geral do sindicato, Valdir de Souza, afirmou que o diretor da Juntas Universal também teria tido atitudes racistas contra o presidente do sindicato. "Ele chamou o Sebastião de tudo quanto foi nome, foi muito racista", disse. Souza também acusou o diretor de ter pegado à força máquinas fotográficas usadas por representantes do sindicato para registrar a assembleia.

A reportagem entrou em contato com Guilherme Rossetto, diretor comercial da metalúrgica. Segundo ele, a empresa fez contrapropostas que foram recusadas pelos trabalhadores. "Propusemos aumento de 50% na cesta básica, mas eles não quiseram. Em vez de dar a cesta montada, oferecemos o ticket refeição para que eles possam comprar o que quiserem. Mas também não aceitaram", declarou o diretor. Uma proposta de ganho real de 1% nos salários também foi feita aos trabalhadores, mas a categoria também teria rejeitado a oferta, disse Rossetto.

Sobre o fato de ter batido contra veículos do sindicato, Rossetto disse também ter sido agredido. "Dei ré para poder entrar na empresa porque eles simplesmente fecharam a entrada. Acabei dando uma encostada em algum carro, mas foi porque precisava entrar", explicou. Sobre as câmeras fotográficas supostamente retidas por ele, o diretor disse apenas que não tinha conhecimento sobre o assunto.

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