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A decisão sobre a entrada da soja transgênica no Porto de Paranaguá é acompanhada de perto pelos empresários da cidade. Nos últimos dois anos, a movimentação de carga nos terminais caiu e eles vêem nos grãos geneticamente modificados a chance de recuperar a dinâmica de crescimento que havia até 2003.

"Quase toda a economia da cidade gira em torno do porto", diz o presidente da Associação Comercial e Industrial de Paranaguá (Aciap), Alceu Claro Chaves. "Enquanto outros portos crescem, nós estamos estagnados", reclama. A entidade está preparando uma carta aberta em que reunirá dados sobre a situação econômica do município.

A Aciap tem no resultado da movimentação de cargas a principal peça de reclamação. O Porto de Paranaguá atingiu o maior volume de cargas em 2003, quando foram embarcadas e desembarcadas 33,5 milhões de toneladas. No ano passado, foram 30 milhões de toneladas. "O reflexo disso são menos horas pagas aos trabalhadores e menos investimentos", diz Chaves.

A Aciap aponta que, no ano passado, o saldo no mercado de trabalho da cidade foi negativo, com 656 vagas fechadas, segundo o Dieese. Outro indicador negativo é no comércio. As consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SPC) caíram de 41 mil, no primeiro trimestre de 2003, para 21 mil, no mesmo período deste ano.

Em artigo recente, o superintendente da Appa, Eduardo Requião, negou problemas em sua administração. "Se há crise no comércio, ou em empresas portuárias, certamente não é em função do porto", declarou.

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