A empresa farmacêutica britânica AstraZeneca rejeitou, nesta segunda-feira, a oferta de compra de 69,4 bilhões de libras apresentada pela americana Pfizer, ao considerar o valor muito baixo. Esta foi a terceira oferta feita pela Pfizer na tentativa de comprar a marca europeia.
- Nós rejeitamos a proposta final por considerá-la inadequada e ainda representaria um risco significativo para os acionistas, com consequências graves para a empresa e nossos colaboradores no Reino Unido, na Suécia e nos Estados Unidos - declarou o presidente do conselho de administração da AstraZeneca, Leif Johansson.
O conselho de administração indicou que estaria disposto a aceitar uma oferta caso esta fosse 10% superior ao apresentado pela Pfizer na última quinta-feira. Com isso, o valor ultrapassaria as 55 libras por ação da empresa britânica.
Segundo Johansson, a posição do conselho de administração é 'sólida' frente ao interesse americano. O executivo aproveitou para criticar que os motivos que levam a Pfizer a almejar a compra da Zeneca estão fundamentados 'nos benefícios financeiros para seus acionistas, na otimização fiscal e nos lucros'.
Com a negativa para a última oferta, as ações da AstraZeneca se desvalorizaram em 14% nas primeiras horas desta segunda-feira após a abertura da bolsa de Londres. Neste momento, o papel da farmacêutica britânica é vendido a 41,49 libras, distante das 55 libras ofertadas pela Pfizer.
No Reino Unido, a possibilidade da venda da AstraZeneca elevou a preocupação do governo local sobre o possível fim de postos de trabalho, além do impacto que a transação teria sobre as pesquisas científicas desenvolvidas no país. O presidente da Pfizer, o escocês Ian Read, admitiu, na semana passada, que um desfecho positivo da negociação poderia resultar no fechamento de vagas no Reino Unido.
"Não estou aqui dizendo que seremos mais eficientes sem encerrar postos de trabalho. Seremos mais eficientes reduzindo empregos. Mas não posso afirmar quanto isso acontecerá e aonde", explicou Read, ao visitar o parlamento britânico.
A 'luta' causada pela negociação vai além do mercado. A oposição acusa o governo conservador de não atuar frente à transação para impedir que a operação seja concretizada.
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