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Duas empresas de segurança de dados emitiram na semana passada alertas sobre ataques à segurança dos usuários da rede social Facebook. A fabricante de soft­wa­re antivírus AVG Technologies classificou o ataque como "maciço", com mais de 300 mil ameaças em um único fim de semana – uma taxa mais de três vezes superior àquela considerada normal.

Os alertas foram emitidos pa­­ra duas ameaças diferentes. A AVG detectou o envio de imagens de uma modelo trajando um biquíni, usada para atrair a vítima e fazê-la instalar um programa que trava o recebimento de e-mails e exibe sem cessar propagandas indesejadas. Já os TrendLabs, laboratórios de pesquisa da multinacional de segurança Trend Micro, observaram um código JavaScript no Fa­­ce­book que espalha spams. O código é acionado quando o usuá­­­rio clica para "curtir" uma página ge­­­rada pelos au­­tores do golpe. O código seleciona todos os contatos do Facebook do usuário, indicando um aplicativo para eles, o que causa a dissemina­ção do spam.

Ryan Flores, pesquisador sênior de ameaças avançadas do TrendLabs, acredita que a fórmula poderá ser usada no futuro para espalhar códigos mais agressivos – o atual não representa nenhuma outra ameaça imediata além de criar o spam.

O chefe da área de pesquisas da AVG, Roger Thompson, diz que o ataque foi visto pela primeira vez em diferentes formas há uns dez dias. A partir do sábado (dia 15), os servidores da AVG detectaram um volume crescente. "Esse ataque foi realmente impressionante em termos de escala e ressalta o quão poderosas e vulneráveis são as aplicações como o Facebook", diz. "Achamos interessante ele ter sido lançado em um final de semana, quando talvez os criminosos pensaram que não estaríamos alertas. Fo­­mos rápidos na sua detecção, mas por causa da natureza viral das redes sociais, o volume de in­­fecção foi enorme", explica.

Privacidade

Os ataques complicam a situação do Facebook no que se refere à segurança e à privacidade dos usuários. Nas últimas semanas, o site foi acusado de compartilhar na web informações de usuá­­rios sem o consentimento expresso deles. Também entrou em conflito com a desenvolvedo­ra de games Zynga (que criou o Farmville e o Mafia Wars) – ameaçando inclusive bloquear o aces­­so aos aplicativos da empresa –, para mais tarde anunciar um acordo com cinco anos de va­­lidade, cujos termos não foram revelados. A Zynga não concordava com a taxa de 30% cobrada pelo Facebook na venda dos Fa­­ce­­book Credits, a moeda virtual usada nos games.

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