Na próxima década, o Brasil terá de adicionar capacidade de geração de energia equivalente ao consumo da Espanha para suprir a expansão da demanda, afirmou ontem o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim. Segundo ele, cerca de 70% dessa capacidade já foi contratada pelos leilões de energia organizados pelo governo. "Temos uma situação de muito conforto", disse o executivo. O consumo de energia elétrica no país deve crescer a uma média de 4,5% ao ano até 2021, passando de 472 mil gigawatts-hora (GWh) em 2011 para 736 mil GWh.
A EPE divulgou ontem as previsões de consumo de energia elétrica de 2012 a 2021. Pelas projeções, a fatia da indústria no consumo de eletricidade na rede deve cair de 42,7% em 2011 para 40,6% ao fim desse período. Na avaliação de Tolmasquim, esse movimento de perda de participação do setor industrial é uma tendência. "A tendência é, paulatinamente, comércio e serviços ganharem espaço e a indústria cair um pouco. Quando um país se desenvolve, o setor terciário vai ganhando um pouco mais de peso", afirmou. Pelas estimativas da EPE, até 2021 o setor comercial deve ter um aumento de consumo de 5,8% ao ano, enquanto a indústria deve ter alta anual de 4,4%. O consumo residencial deve crescer 4,5% ao ano.
A previsão para o período até 2021 é inferior ao estimado em junho pela EPE para o período encerrado em 2020, que era de crescimento de 4,7% ao ano no consumo. Na ocasião, a EPE revisou sua projeção anterior, que era de 5,4% ao ano. A empresa atribuiu a revisão na época à "mudanças de hábitos" e a um "maior ganho com eficiência".
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