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 | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
| Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo

A integração dos mundos físico e virtual está modificando a forma de os consumidores e de as empresas agirem. De acordo com o especialista em estudos de marketing e comportamento do consumidor Michael Solomon, as facilidades de acesso e as novas ferramentas disponíveis estão permitindo que as pessoas utilizem as marcas da maneira que elas querem – que, muitas vezes, não é da forma que as companhias gostariam.

Ainda segundo Solomon, 70% das empresas vão ter alguma forma de comunicação virtual até 2012 – grandes companhias já estão desenvolvendo e realizando táticas de mercado. Essa atitude será a forma de atender o público de 1 bilhão de pessoas que já participam de, ao menos, uma mídia social.

O especialista americano abordou o assunto sobre as estratégias das empresas para lidar com a ação dos consumidores no mundo virtual no início desta semana, durante uma palestra em Curitiba. O evento fez parte da programação de lançamento dos novos cursos de MBA e também de curta duração na área por meio da parceria firmada entre o grupo educacional Uninter e a instituição britânica Global Marketing Network. O colunista de jornais como Newsweek, The New York Times, USA Today e The Wall Street Journal conversou com a Gazeta do Povo. Acompanhe os principais trechos da entrevista.

O que as novas mídias e a mudança do papel do consumidor, agora como produtor de conteúdo, mudaram nas estratégias de marketing das empresas?

As empresas ainda estão experimentando, porque tudo ainda é muito novo. Elas precisam se engajar. Algumas estão utilizando o Facebook, outras, como a Coca-Cola, estão mais avançadas. Mas a grande maioria das empresas ainda está entendendo essa nova mídia.

Você considera que as empresas já sabem lidar com esse novo consumidor?

Com algumas exceções, a maioria não. A ideia de dar poder ao consumidor, que é muito criativo, é assustadora, pois ele também será um gestor da marca. Mas, com a chegada de gestores mais jovens às empresas, isso deve mudar.

No que elas ainda precisam evoluir?

As empresas estão buscando associações para conhecer os novos conceitos. Parcerias como essa com o grupo de Curitiba são uma forma de oferecer o conteúdo aos alunos e profissionais do mercado. Trazer para dentro os bons exemplos já existentes é outra forma interessante de evoluir neste sentido.

De que maneira essas novas mídias devem ser repassada aos mais jovens?

A tecnologia ainda não está dentro das salas de aula. Mas, aos poucos, as novas matérias, como sustentabilidade e mundo virtual, estão começando a integrar os currículos escolares. Isso vai facilitar no futuro.

As mídias sociais deram mais voz aos consumidores. Como as empresas devem absorver isso?

Muitas empresas têm temor, mas estão tentando se equilibrar. Atualmente, elas estão monitorando para tentar entender o consumidor. As companhias estão criando ferramentas e tentando dar respostas a cada ação, principalmente as negativas, já que a maioria dos consumidores fala coisas ruins. Elas avaliam cada caso e definem como atuar.

Como as empresas podem aproveitar o mundo virtual para reforçar suas marcas?

Existem diversas maneiras. Apenas colocar uma página no Facebook não é uma estratégia de mídia social, apenas uma ferramenta. Incluir a marca no videogame, por exemplo, pode ser muito poderoso. Existem empresas criando outras maneiras de atrair e entreter o consumidor.

Quais seriam os exemplos de sucesso brasileiros e também no exterior na questão das estratégias para essa nova realidade?

Ainda não existem bons exemplos no Brasil. No exterior, a Amazon, a Coca-Cola e a Ford são exemplos bem sucedidos. De uma forma geral, a maioria das empresas, não só as grandes, está desenvolvendo novas ferramentas que devem aparecer em breve.

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