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A indústria paulista perdeu força no ano passado, segundo revelaram a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) nesta quinta-feira (28).

O Indicador do Nível de Atividade (INA) registrou queda de 8,5% em 2009, o que representa a primeira queda e o pior resultado desde 2003, ano em que houve baixa de 3,7%.

Em dezembro, houve recuo de 7,6% em relação ao mês anterior, na comparação sem ajuste sazonal. No mesmo mês do ano anterior, a queda havia sido de 23%. Dezembro de 2008 foi o mês que registrou o maior impacto por conta da crise financeira mundial, segundo Paulo Francini, diretor do departamento de economia da Fiesp.

No último mês de 2009, na comparação com dezembro de 2008, a indústria cresceu 21,2%. Francini destacou, porém, que apesar do crescimento forte em dezembro, a indústria ainda não voltou ao patamar pré-crise.

Com os ajustes sazonais, a atividade da indústria paulista em dezembro do ano passado cresceu 2,4%.

Em dezembro, a indústria utilizou 83,2% de sua capacidade, contra os 78,2% registrados um ano antes.

Novembro

Nesta quinta, Fiesp e Ciesp divulgaram também os dados do INA referentes a novembro, quando a atividade caiu 3,1%. Na série com ajuste, houve aquecimento na atividade em 1,3%.

Na comparação de novembro de 2009 com novembro de 2008, a indústria registrou crescimento de 1%. O uso da capacidade instalada foi de 82%, ante 81,6% em novembro de 2008.

Previsões

A Fiesp também divulgou nesta quinta suas projeções para 2009 e 2010. Para a entidade, o PIB deve cair 0,4% em 2009, mas em 2010 deve crescer 6%.

Para a indústria paulista, a previsão da Fiesp é de crescimento de 13,5% em 2010, mas, segundo Francini, cerca de 9 pontos percentuais desse crescimento se devem à base fraca de comparação, já que 2008 teve meses muito ruins para a indústria.

Juros

Sobre a possibilidade de o Banco Central aumentar a taxa básica de juros da economia, Francini diz que isso "seria muito danoso para a atividade industrial". Analistas de mercado preveem um aumento da taxa, hoje em 8,75%, a partir de abril.

"Existe uma verdadeira torcida organizada pela alta da Selic, uma Mancha Verde", diz Francini. Se a Selic de fato subir, "é como o juiz ceder aos gritos da torcida", afirma ele.

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