Cingapura A brasileira Maria Clara Soares, da organização não-governamental ActionAid Américas, foi impedida pelas autoridades de imigração cingalesas de entrar no país asiático. Desde seu desembarque, na quinta-feira, ela foi mantida incomunicável na sala do aeroporto de Cingapura. Maria Clara passou toda a noite vigiada por um policial. Seu embarque de volta ao Brasil, com escala em Paris, está previsto para as 12h20 de hoje (horário de Brasília).
Apenas a primeira secretária da embaixada brasileira, Tatiana Rosito, após muita insistência, conseguiu conversar durante cerca de 30 minutos com ela. "Ela está muito cansada e revoltada, pois não sabe porque foi barrada", disse a diplomata.
O Itamaraty ainda está avaliando se tomará alguma medida oficial em relação ao caso. A imigração cingalesa não ofereceu explicações sobre os motivos que causaram a proibição da entrada no país da brasileira, que pretendia participar até amanhã dos eventos paralelos à reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. Esses eventos são promovidos por ongs e outras entidades da sociedade civil na ilha de Batam, na Indonésia, muito perto de Cingapura.
No início desta semana o governo cingalês havia anunciado que não permitiria a entrada no país de 28 ativistas estrangeiros que poderiam "causar distúrbios" durante a reunião do FMI. Os nomes da lista não foram divulgados.
Outra brasileira, Iara Pietricovsky, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e da Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip), conseguiu ser liberada anteontem, após ser impedida por algumas horas de entrar no país. Ela tinha um convite do Banco Mundial para participar dos eventos oficiais e já viajou para Batam.
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