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Você pode afirmar categoricamente que nunca mentiu? Eu não. Apesar de abominada pela sociedade, as pessoas continuam inventando desculpas e histórias mirabolantes – desde "o cachorro comeu a minha lição" até "o pneu do carro furou". Além disso, existe a traiçoeira história da "mentira branca" – aquela que supostamente não faz mal a ninguém.

Caro leitor, não importa se a mentira é branca, azul ou verde-limão. No ambiente de trabalho, acredite: ela é transparente e, cedo ou tarde, as pessoas enxergarão a verdade. É claro que isso tudo é muito ético e utópico, porém, sabemos que na vida real as coisas são diferentes e a vontade de inventar uma mentirinha para não "queimar o filme" aumenta.

Bom, vou contar a história de um leitor que me escreveu pedindo conselhos. Leia e, ao final, veremos se você chegará à mesma conclusão que eu.

"Bom dia, Bernt! Como costumo ler a sua coluna semanalmente, decidi recorrer ao senhor para me esclarecer uma dúvida e me orientar profissionalmente.

Eu trabalho há quatro anos em uma empresa. Gosto do meu trabalho e procuro sempre ser pontual. Na última segunda-feira de manhã, tinha uma reunião agendada com todos os diretores e o presidente. O tema da reunião era do meu interesse e eu estava ansioso para apresentar minhas ideias e participar das decisões.

Como a Lei de Murphy nunca falha, no domingo fui a um jantar com alguns amigos que eu não reencontrava há anos. Não quero me estender muito, então, resumindo, acabei bebendo além da conta e fui dormir mais tarde do que deveria.

No dia seguinte, acordei atrasado, faltando apenas vinte minutos para a reunião começar. Eu "pulei" da cama, tomei banho o mais rápido que pude e fui trabalhar. Por mais ágil que tenha sido, ainda assim cheguei meia hora atrasado para a reunião e, pior: no meu celular, havia cinco chamadas não atendidas do meu chefe que eu só vi quando finalmente estacionei o carro.

Eu entrei em desespero e me apeguei à primeira desculpa que tinha em mente. Quando entrei na reunião, todos me olharam com desaprovação e eu, sem pensar, disse que havia me atrasado por causa da reunião de pais na escola do meu filho. O problema, que na hora eu não lembrei, é que a filha do meu chefe estuda com o meu filho. Então, não demorou um minuto para ele saber que eu estava mentindo.

Recebi um aviso e fui orientado a ser transparente na próxima vez. O que gostaria de saber do senhor é: nessas situações, contar ou não a verdade? Afinal, se eu dissesse que o motivo do atraso foi pura irresponsabilidade, meu chefe não reagiria muito bem."

No caso do leitor, além da irresponsabilidade, ele contou com uma tremenda falta de sorte. Ficou curioso para saber se o melhor seria contar ou não a verdade? Aguarde o artigo de terça-feira e confira!

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