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O mercado financeiro andou novamente nesta quinta-feira atrelado ao cenário externo. Acompanhando a alta da moeda americana em outros países, o dólar comercial fechou o dia com valorização de 0,42%, a R$ 2,160 na compra e R$ 2,162 na venda.

Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) perdeu quase todo o ganho que registrou no dia anterior, quando subiu 1,21%. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 1%, para 37.473 pontos. O volume financeiro ficou em R$ 2,048 bilhões.

Dólar

Na máxima, chegou a ser vendido a R$ 2,164 (+0,51%), logo após o leilão do Banco Central para a compra de dólares no mercado à vista. O BC pagou R$ 2,158 por dólar. Novamente, não houve leilão de swap cambial reverso.

A moeda americana abriu em queda, mas acabou passando para o campo positivo assim que o rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro Nacional americano subiu com novos dados mostrando a força da economia nos Estados Unidos.

A revenda de casas nos Estados Unidos cresceu 5,2% em fevereiro, para uma taxa anual de 6,9 milhões de unidades, a maior alta em 2 anos. Também nos Estados Unidos foi divulgada a queda dos pedidos de seguro desemprego na semana passada (11 mil postos a menos).

Segundo os analistas, continua o desconforto em relação à possível saída do ministro Antônio Palocci da Fazenda e a expectativa quanto à adoção de medidas do Banco Central para restringir a entrada de recursos estrangeiros no país.

O diretor da Corretora NGO, Sidnei Moura Nehme, lembrou, no entanto, que o BC não costuma adotar uma medida sem antes avisar o mercado, às vezes até com excesso de detalhes, para evitar especulações exageradas.

- É possível admitir que, se algo vier a ser feito, haverá, pela natureza conservadora do BC, um pré-aviso com tempo para que tudo se acomode - disse Nehme.

A verdade é que algumas tesourarias de bancos já se adiantaram e reduziram as suas exposições em dólar nos últimos dias. Em quatro pregões nesta semana, a moeda americana só caiu ontem. Na segunda-feira o dólar subiu 1,08% e na terça, 1,16%. A queda ontem, quarta-feira, foi de menos de 1%.

Bovespa

A bolsa paulista acompanhou, novamente, o desempenho de Wall Street. As bolsas americanas fecharam em queda depois que dados sobre a economia dos Estados Unidos reforçaram a idéia de que as taxas de juros vão continuar subindo.

O mercado americano e, consequentemente o brasileiro, está de mau humor desde o início da semana, quando o presidente do Federal Reserve, o Banco Central americano, deu a entender em Nova York que o aperto monetário vai continuar. Os juros americanos devem passar para 4,75% ao ano. A reunião do Fed está marcada para os dias 27 e 28.

Na Bovespa, entre as ações mais negociadas estiveram Petrobras PN, Eletrobras PNB e Bradesco PN. As principais quedas foram de TIM Part ON (5,87%), TIM Part PN (5,23%) e Brasil ON (4,49%). Entre as altas estiveram Light ON (2,39%), Embratel Part PN (2,31%) e Eletrobras ON (2,04%).

Segundo um analista, de certa forma, o mercado brasileiro acentuou a queda nesta quinta-feira, com a indefinição sobre a saída do ministro Antônio Palocci, da Fazenda.

Risco

O risco-país, calculado pelo J.P. Morgan, subiu três pontos nesta quinta-feira e fechou em 232 pontos centesimais, na máxima do dia. Na mínima, o EMBI+ brasileiro, que mede o grau de instabilidade do país, chegou a 225 pontos centesimais.

Os títulos brasileiros, que chegaram a subir pela manhã, fecharam em queda. O Global 40, título de 40 anos, caiu 0,48%, a 130% do valor de face. O A Bond teve queda de 0,91%, para 109,38% do seu preço.

Juros

Os juros futuros voltaram a subir nesta quinta-feira nos contratos de longo prazo. As taxas começaram o dia em queda, mas o cenário externo não tão animador ajudou os juros a mudarem de rumo. O contrato de janeiro de 2007, o mais líquido, subiu 0,13% (de 15,10% para 15,12%) e o de abril do mesmo ano teve alta de 0,33% (de 14,93% para 14,98%).

Para outubro deste ano, o Depósito Interfinanceiro ficou em 15,36%, contra 15,33% do fechamento anterior (+0,20%). A taxa de julho de 2006 ficou estável em 15,76%.

Nos Estados Unidos, o rendimento dos títulos de 10 anos do Tesouro americano subiu com o anúncio que a revenda de casas aumentou 5,2% em fevereiro, a maior alta em dois anos. Para os investidores, com esses números, aumenta a possibilidade de o Banco Central americano subir o juro nos Estados Unidos na semana que vem. A reunião do Federal Reserve ocorrerá nos dias 27 e 28 de março.

Paralelo

O dólar paralelo não acompanhou o comercial nesta quinta-feira e fechou em queda de 0,44% em São Paulo, a R$ 2,170 na compra e R$ 2,270 na venda. O dólar turismo em São Paulo caiu 0,89%, cotado a R$ 2,085 na compra e R$ 2,235 na venda.

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