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O dólar firmou alta perto do fechamento desta segunda-feira, reagindo às intervenções do Banco Central num dia de liquidez menor. O aumento da aversão a risco no exterior favoreceu o movimento.

A taxa de câmbio avançou 0,19 por cento, a 1,576 real na venda, oscilando entre valorização de 0,32 por cento e queda de 0,19 por cento.

"O mercado havia caído muito e há um suporte forte no nível de 1,57 (real), o que leva o mercado a perder o apetite vendedor sempre que chega nesse patamar", afirmou Alfredo Barbutti, economista-chefe da BGC Liquidez.

Há apenas alguns dias, o dólar era cotado próximo das mínimas desde janeiro de 1999, pouco após a adoção do regime cambial flutuante no Brasil. Mas desde então a moeda vem ajustando para cima, em meio à redução da entrada de capitais no último mês e as investidas do governo contra a valorização excessiva do real.

"O fluxo realmente reduziu bem e, embora as atuações do BC sejam localizadas, você (o BC) retirar dólar de um ambiente onde já não tem tanta oferta assim intensifica o efeito das compras", comentou Barbutti.

Nesta sessão, a autoridade monetária realizou dois leilões de compra de dólar no mercado à vista, definindo como corte as taxas de 1,5746 real e 1,5750 real.

Investidores conhecerão na próxima quarta-feira os números relativos ao fluxo cambial de abril. De acordo com os dados mais recentes, o ingresso de moeda ao país desacelerou a 133 milhões de dólares em abril até dia 20.

Para efeito comparativo, apenas nos três primeiros meses de 2011, o fluxo cambial fora superavitário em mais de 35 bilhões de dólares.

Para Ovídio Soares, operador de câmbio da Interbolsa do Brasil, as operações locais também reagiram à recuperação do dólar no exterior, em meio ao aumento da aversão a risco por preocupações geopolíticas.

Frente a uma cesta de divisas, a moeda norte-americana tinha ligeira alta de 0,04 por cento, após renovar pela manhã a mínima em três anos.

Ao mesmo tempo, as bolsas de valores em Nova York abandonavam os ganhos verificados mais cedo e recuavam, enquanto o índice de volatilidade da CBOE saltava mais de 7 por cento.

Segundo operadores estrangeiros, investidores passaram a avaliar os riscos de um aumento nas tensões globais após Osama bin Laden ter sido morto por forças norte-americanas. Líderes mundiais saudavam a morte do líder da Al Qaeda, mas a euforia era acompanhada por temores de retaliação e avisos sobre a necessidade de vigilância redobrada contra ataques .

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