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Proprietário da fabricante de alimentos Nutrimental, Rodrigo da Rocha Loures tem 64 anos. Estudioso de temas como competitividade e sustentabilidade na indústria, o atual presidente da Fiep diz que pretende duplicar, em quatro anos, o tamanho do setor industrial paranaense.

O que o senhor pretende fazer caso seja reeleito?

Aprofundar e consolidar grandes mudanças que fizemos no sistema, como o resgate da ética, que nos proporcionou uma economia enorme e um investimento da ordem de R$ 70 milhões em quatro anos, a profissionalização e a gestão participativa, que permitiram que todas as vozes fossem ouvidas em decisões estratégicas. Enfrentamos algumas dificuldades, como o fato de o sistema estar absolutamente desestruturado quando assumimos. Além disso, uma parte dos diretores têm visão diferente de como tocar a Fiep. A visão do grupo que eu represento é de que a gestão tem que ser profissionalizada, abrangente.

Como o senhor avalia seu relacionamento com os poderes Executivo e Legislativo?

É um relacionamento de mútuo respeito. Quando é necessário colocar de forma consistente e fundamentada os posicionamentos da federação, é o que faço, sem o menor constrangimento. Tenho me colocado sistematicamente contra a política econômica do governo, o que não impediu que o presidente Lula me reconduzisse ao "Conselhão". Mas faço questão, através dos gestos e do discurso, de marcar bem essa posição de independência da federação.

Como o senhor pretende duplicar o tamanho da indústria paranaense em quatro anos?

O interior do estado tem um potencial de crescimento muito grande. E podemos estimular um salto de qualidade na produção industrial da região metropolitana de Curitiba, que deve ter como vocação ser um pólo de modernidade, de empresas de base tecnológica.

O governo estadual fez a sua parte para o desenvolvimento industrial?

Fez uma parte. Temos parceria de sucesso no caso dos APLs [arranjos produtivos locais] e também fomos bem-sucedidos na isenção e redução de impostos para alguns setores, como as microempresas. Mas eventualmente divergimos em outros pontos. A visão do empresariado é que estado tem que se articular para emprestar apoio ao esforço de inovação tecnológica das empresas, o que não quer dizer que elas vão se valer de recursos públicos. À medida que as universidades e centros de pesquisas públicos se alinham com o que é demandado pelas empresas, o estado vai ter contrapartidas, como o aumento da arrecadação. O que poderá melhorar seus programas de redução de desigualdade e combate à probreza, que têm sido a prioridade. Melhor do que o assistencialismo é geração de emprego.

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