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O faturamento dos supermercados retomou o crescimento em dezembro, mas o avanço não foi suficiente para reverter as quedas registradas pelo setor ao longo de 2006. As redes fecharam o ano passado com uma queda de 1,65% no seu faturamento, segundo o Índice Nacional de Vendas da Abras (Associação Brasileira de Supermercados) divulgado ontem. Em 2005, o faturamento havia sido de R$ 115 bilhões.

Até novembro, as vendas do setor acumulavam queda de 1,79%. Em dezembro, houve alta de 31,24% na comparação com novembro – devido às festas de final de ano – mas, em relação ao mesmo mês de 2005, foi registrada baixa de 0,5%, segundo a Abras.

Cesta de compras

A cesta de compras da AbrasMercado – índice de preços da Abras – registrou queda real (descontada a inflação) de 3,8% em dezembro na comparação com o mesmo mês de 2005 e passou a corresponder a R$ 196,47. A cesta AbrasMercado monitora mensalmente preços de 35 produtos de alto consumo – alimentos, incluindo cerveja e refrigerante, higiene, beleza e limpeza – em 320 lojas de 19 estados.

No mês de dezembro, as maiores quedas foram registraram nos preços do tomate (17,63%), da batata (15,38%) e do queijo mussarela (4,28%). Entre as altas, destaque para o óleo de soja (10,56%), o ovo (4,78%) e o biscoito cream cracker (2,49%).

Na avaliação da Abras, os números, apesar de negativos, não chegaram a surpreender. Porém, a entidade chegou a prever, em setembro do ano passado, que haveria uma expansão de 1% nas vendas reais em relação ao ano de 2005.

Em outubro, a entidade já considerava difícil alcançar o resultado e estimava um empate em relação ao faturamento de 2005. Às vésperas do Natal, no entanto, associação já projetava a possibilidade de queda na receita do setor em 2006.

Deflação

O principal fator que contribuiu para o desempenho negativo foi a deflação dos preços de alimentos durante o ano de 2006. No mês de dezembro, as vendas reais do setor, em volume, registraram elevação de 31,24% frente a novembro. O aumento, como ressalta a Abras, já era esperado nessa comparação, porque dezembro é o melhor mês de vendas para o setor.

Em valores nominais (considerando a inflação), o crescimento acumulado no ano de 2006 foi de 2,45% em relação a 2005. Em dezembro, na comparação com novembro, a alta foi de 31,87%. Em relação a dezembro de 2005, as vendas nominais tiveram incremento de 2,63%.

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