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Dezenas de milhares de manifestantes realizaram uma passeata pela capital do México nessa quarta-feira à noite, a fim de protestar contra o aumento do preço das tortilhas, tradicional guloseima mexicana feita a base milho.

O aumento vem sendo provocado pelo crescimento da demanda de etanol nos EUA, que fez com que os valores do milho alcançassem no México os patamares mais altos da última década. O evento já vem sendo chamado pela imprensa local de crise das tortilhas, que são como o "pão" para os mexicanos.

Nas últimas semanas, enquanto o mercado do milho registrava um crescimento da demanda nos Estados Unidos, o preço das tortilhas de milho subia para até 15 pesos (US$ 1,36) o quilo (o equivalente a cerca de 35 tortilhas). Antes da crise, o quilo da tortilha saía por 5 pesos.

O México importa milho dos EUA a fim de complementar sua produção nacional.

Pelo acordo norte-americano de livre comércio, o México importa milho sem impostos dos Estados Unidos. Entretanto, segundo o ministro da economia mexicano, Eduardo Sojo, o produto tem sido desviado para a produção de etanol, reduzindo a oferta e elevando o preço.

Na passeata, os manifestantes exibiram espigas de milho e criticaram Calderón, um político conservador acusado pelos esquerdistas de ter vencido as eleições presidenciais de 2006 por meio de fraudes. O dirigente, segundo os manifestantes, não estaria conseguindo proteger os mexicanos das forças do mercado internacional.

Calderón respondeu convencendo os produtores, os atravessadores e os varejistas a diminuírem os preços, tentando fazer com que as tortilhas não fossem vendidas por mais que 8,50 pesos o quilo. Mas, segundo meios de comunicação mexicanos, os consumidores continuam pagando até 12 pesos pelo quilo do produto.

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