Rio de Janeiro - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo apontou alta de 0,48% em abril. Em março, o índice havia sido de 0,20%. Os preços dos cigarros, que subiram 14,71%, responderam por 0,13 ponto porcentual do aumento, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA é o índice usado pelo Banco Central para medir a inflação do país. No ano, o índice acumulado é de 1,72% e, nos últimos 12 meses, atinge 5,53%.
Além dos cigarros, outros itens no grupo de Despesas Pessoais, que subiu 2,14% no período, influenciaram para a alta do IPCA. Entre eles, os destaques ficam por conta de empregado doméstico (1,83%), cabeleireiro (1,59%), manicure (1,44%) e costureira (1,16%). Também houve pressão dos remédios (2,89%), energia elétrica (0,87%), vestuário (1,08%), gás de cozinha (2,41%) e batata inglesa (18,57%). Já do lado das pressões negativas, destacaram-se os eletrodomésticos (-1,34%), como tevê e som (-0,66%), além dos automóveis novos (-0,47%), automóveis usados (-1,62%), gasolina (-0,46%) e álcool (-3,02%).
Segundo a coordenadora de índices de preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, os reajustes no mês foram pontuais e concentrados. Eulina observou que o perfil da inflação em 2009 é bem diferente do ano passado, com pressão bem menor dos alimentos. Segundo ela, "a demanda menos aquecida e a atividade econômica mais retraída" determinaram o desempenho da inflação de janeiro a abril deste ano.
Na opinião da coordenadora do IBGE, o mês de maio será marcado por uma concentração de reajustes de preços administrados. Os destaques de pressão já conhecidos para o mês são os reajustes de energia elétrica em capitais como Porto Alegre, Belo Horizonte, Fortaleza e Salvador, além de aumentos de ônibus urbano em Goiânia e do metrô no Rio de Janeiro. Haverá ainda, segundo Eulina, alguns resquícios dos reajustes dos cigarros.
Selic
Para a economista-chefe da consultoria Arkhe DTVM, Inês Filipa, a alta de 0,48% em abril não altera a expectativa de corte de 0,50 ponto porcentual da taxa Selic, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em junho. "No IPCA, nós não tivemos surpresas, pois os impactos foram pontuais e vieram principalmente de preços administrados, como os remédios", comentou a economista. Inês Filipa acredita que a taxa de abril não irá comprometer a estimativa em torno de 4% esperada pela Arkhe para o indicador acumulado de 2009 no final de dezembro.
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