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O economista José Dutra Vieira Sobrinho afirmou que o aumento do IOF para empréstimos tomados por pessoas físicas de 1,5% para 3% não deve ter impacto imediato na demanda por financiamentos.

"Será preciso ainda outras pedidas. Parece que há um certo desespero quando se anuncia uma medida após a outra", afirmou Sobrinho.

Como exemplo, ele diz que um financiamento de R$ 10 mil em 36 parcelas terá uma prestação aumentada de R$ 397,63 para R$ 402,92. "Psicologi­camente isso pode ajudar de reprimir a demanda", afirmou o economista.

O economista Carlos Eduardo Oliveira, membro do Conselho Federal de Economia de São Paulo, também disse que não é possível estimar o impacto da medida. "No longo prazo, o governo talvez tenha que tomar uma medida um pouco maior."

Juros

Para o economista da M.Safra Marcelo Fonseca, as últimas medidas do governo para segurar o consumo não estão trazendo, até o momento, o resultado esperado e que, em breve, a pressão imposta pela crescente inflação obrigará o governo a retomar as medidas tradicionais de aumento nos juros de uma maneira mais incisiva.

"É mais uma tentativa de controlar, usando um arsenal de instrumentos não-convencionais. E o que temos de resultado não nos parece muito efetivo", afirmou Fonseca, referindo-se às medidas macroprudencias do governo para o crédito.

"Em algum momento, o Banco Central e a Fazenda vão voltar para o receituário convencional, que é subir juros", opinou o economista, que trabalha com a expectativa de que o BC elevará a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual em abril para 12,25% e tem dúvidas se a autoridade não será obrigada a manter o ciclo de juros na reunião seguinte do Comitê de Política Monetária (Copom), agendada para junho.

Para Fonseca, o momento de percepção para o governo de que o método convencional de juros será o mais aconselhado está bem próximo, já que, na projeção do M.Safra, o IPCA acumulado em 12 meses deverá romper o teto da meta em abril.

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