O número de empresas do setor automobilístico (automóveis, caminhonetas e utilitários) que acredita ter estoques excessivos atingiu em maio 28,3% - maior nível registrado desde janeiro de 2009. Em abril, esse porcentual estava em 13,6%. Já o número de empresas do setor de material de transporte (autopeças, caminhões e ônibus, entre outros) que acredita estar com estoques excessivos chegou a 19,9% em maio - também o maior resultado desde janeiro de 2009.

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As informações são do coordenador da Sondagem da Indústria de Transformação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Aloisio Campelo, que apresentou nesta segunda-feira (28) os números referentes a maio. De acordo com ele, os estoques altos indicam uma perspectiva de produção em marcha lenta em junho para os dois setores.

No caso do setor de transportes, além do ajuste de estoques, a expectativa para os próximos três meses (até julho) é de que a produção fique abaixo da média dos últimos 60 meses. A Sondagem mostrou que o índice de produção prevista do setor foi de 118 pontos em maio, sendo que a média histórica é de 137 pontos.

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Ainda no caso do setor de transportes, Campelo disse que a fraca demanda do mercado interno explica o baixo desempenho. "O estoque ainda deve pesar no segundo trimestre", afirmou o coordenador da Sondagem. O indicador do nível de demanda interna desse setor ficou em 100,9 pontos em maio, muito aquém da média dos últimos 60 meses que foi de 130,5 pontos. "Isso indica que esse setor deve estar no início de um ajuste de estoques", explicou Campelo.

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