Expansão generalizada - Produção cresceu em 10 das 14 regiões pesquisadas pelo IBGE
Além do Paraná, outros três estados registraram queda na produção de maio, se comparado aos dados de abril. A maior queda, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ocorreu no Amazonas (-2,5%). No Rio de Janeiro a redução foi de 0,2%, e no Rio Grande do Sul, de 1,1%. Os outros dez estados pesquisados registraram expansão. Em sete deles a indústria cresceu em patamar igual ou superior à média nacional. O maior crescimento ocorreu em Goiás (6,1%). Ceará e Santa Catarina registraram expansão de 3,4% e São Paulo, maior parque industrial do país, apresentou taxa igual à média nacional (1,3%).
Em maio de 2007, frente ao mesmo mês do ano anterior, os índices regionais apresentam taxas positivas em doze dos quatorze locais pesquisados. Nesta comparação, o destaque ficou para Pernambuco (9,7%), Rio Grande do Sul (9,5%), Minas Gerais (8,5%) e Santa Catarina (7,1%), que assinalam resultados acima da média nacional (4,9%). Houve queda na produção somente em Goiás (-0,2%) e no Amazonas (-1,9%). (CS)
A produção industrial paranaense recuou levemente em maio (0,7%) na comparação com abril, mas apresenta crescimento de 8,1% no acumulado dos primeiros cinco meses do ano, na comparação com o período entre janeiro e maio de 2006. Os números divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também são positivos em relação a maio do ano passado (4,2%) e mostram que a produção industrial paranaense continua recuperando o fraco desempenho dos dois últimos anos.
"Os números de abril [baixa de 0,4%] e maio não representam uma tendência de queda porque são resultados muito próximos da margem e sobre uma base de comparação bastante forte", explica o economista da coordenação de indústria do IBGE, André Macedo. "Ao contrário, a tendência é de expansão no estado, assim como no Rio Grande do Sul. Nos dois casos, como recuperação do fraco desempenho dos últimos anos."
A influência da melhora na atividade agrícola do estado fica clara se o crescimento for observado por setores. A comparação com maio de 2006 mostra aumento de 22,2% no setor de máquinas e equipamentos e de 53,5% no de outros produtos químicos. De acordo com o IBGE, sobressaem, nestes casos, o aumento na fabricação de máquinas de colheita e de adubos ou fertilizantes.
"A queda no preço internacional das commodities, no fim de 2004, fez com que a renda dos produtores de grãos caísse muito nos dois anos seguintes e o setor entrasse em forte crise", lembra o diretor de relações exteriores da fabricante de tratores e colheitaderas Case New Holland (CNH), Milton Rego.
A fábrica da CNH, instalada na Cidade Industrial de Curitiba, demitiu funcionários e parou a produção por três meses em 2005 e mais 60 dias em 2006. Nos cinco primeiros meses desse ano, no entanto, a produção de tratores cresceu 25% e a de colheitadeiras, 40%, na comparação com o mesmo período de 2006. "Já contratamos 400 pessoas. Só não voltamos ao pico porque a linha de colheitadeiras é a que exige mais mão-de-obra e a atividade ocorre entre outubro e março."
Outro setor com forte influência no resultado positivo do Paraná foi o de veículos automotores. Na comparação entre maio de 2007 e de 2006, o crescimento foi de 12,1% No acumulado do ano, a produção do segmento teve expansão de 13,1% a mais expressiva entre os setores nessa base de comparação. O crescimento do setor no estado é bem superior ao registrado pela indústria nacional (8,1%). "Isso significa um ganho de participação da indústria automobilística do estado no mercado nacional."
O crescimento da produção de automóveis segue embalado pelo aquecimento do mercado doméstico, resultado de mais oferta e crédito. O mês de maio foi o melhor da história para a indústria automobilística brasileira, tanto em volume de vendas como em produção. O setor produziu 258,9 mil carros, ônibus e caminhões naquele mês com crescimento de 7,2% em relação a maio de 2006.
As três montadoras de automóveis instaladas na região metropolitana de Curitiba Renault, Nissan e Volkswagem registram bons resultados no acumulado de 2007: as suas vendas cresceram 33,5%, 48,4% e 25,6%, respectivamente.
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