Autoridades da União Europeia rejeitaram rapidamente as novas promessas de reforma da Grécia nesta terça-feira (9), dizendo que as propostas não bastam para liberar os fundos de que Atenas necessita urgentemente para evitar um calote de suas dívidas.
Apesar dos sinais de que o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, está adotando um tom mais conciliador à medida que o tempo para se chegar a um acordo se esgota, as autoridades de Bruxelas não demoraram a declarar que os credores internacionais da Grécia não aceitariam as mais recentes propostas sobre impostos, dívida e orçamento.
Credores recebem nova proposta de reformas econômicas da Grécia
O governo liderado por Alexis Tsipras tenta um acordo para desbloquear os 7,2 bilhões de euros pendentes no segundo resgate financeiro ao país
Leia a matéria completaO principal porta-voz da Comissão Europeia afirmou que o executivo da UE ainda está estudando as sugestões, e enfatizou que outros dirigentes não falam em nome da Comissão –mas as autoridades do bloco deram seu veredicto poucas horas depois de Atenas anunciar ter encaminhado o plano a Bruxelas.
“O que foi apresentado não é o suficiente para fazer o processo avançar”, declarou uma autoridade da UE. Outro disse que “não é o suficiente e não é aceitável para os Estados-membros”.
Mais tarde, uma fonte afirmou que a Grécia está revisando as propostas. Atenas iria conversar com seus credores nesta terça-feira com o objetivo de diminuir as diferenças entre as partes, de forma que Tsipras consiga finalizar um acordo em uma reunião em Bruxelas na quarta-feira, disse a fonte, a par das conversas.
A frustração dos colegas de zona do euro da Grécia, que arcaram com grande parte do pacote de resgate de 240 bilhões de euros concedido a Atenas desde que a Grécia mergulhou em uma crise fiscal em 2010, só faz aumentar. As propostas enviadas a Bruxelas representaram uma nova tentativa de Tsipras de fazer concessões à UE e ao Fundo Monetário Internacional (FMI), um de seus credores, já que o prazo estabelecido para que se firme um pacto que evite a falência do país está chegando ao fim.
O líder esquerdista grego, que se encontrará com a chanceler alemã, Angela Merkel, e com o presidente francês, François Hollande, na quarta-feira (10), concordou com um novo aumento dos impostos sobre valor agregado e propôs metas de superávit orçamentário maiores para sustar a dívida que tem com os credores. O mercado de ações grego subiu 2 por cento na esperança de que um acordo esteja próximo.
-
Falta de transparência marca viagens, agendas e encontros de ministros do STF
-
Lula vai a evento sindical em meio a greves e promessas não cumpridas aos trabalhadores
-
A “normalidade” que Lula deseja aos venezuelanos
-
Moeda, bolsa de valores e poupança em alta, inflação em baixa: como Milei está recuperando a Argentina
Interferência de Lula no setor privado piora ambiente de negócios do país
“Dobradinha” de governo e STF por imposto na folha prejudica empresas e amplia insegurança
Contas de Lula, EUA e mais: as razões que podem fazer o BC frear a queda dos juros
Muita energia… na política: ministro ganha poder com agenda ao gosto de Lula
Deixe sua opinião