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A decisão sobre o sacrifício dos animais na Fazenda Cachoeira, em São Sebastião da Amoreira (Norte do estado), vai ficar para a próxima semana. Com o fim da vistoria, os técnicos da Comissão de Avaliação, Taxação e Sacrifício, que estão na propriedade desde quinta-feira, retornam a Curitiba e devem fazer um relatório à superintendência do Ministério da Agricultura (Mapa) no Paraná. Neste documento os técnicos sugerem, inclusive, o valor a ser pago a título de indenização pela morte do rebanho, de aproximadamente 1.800 cabeças.

Como o governo federal é responsável pelo pagamento de metade do valor, o processo é encaminhado à apreciação da Advocacia Geral da União (AGU). Os procuradores fazem então uma uma análise sobre a metodologia, as planilhas de avaliação e a base de cálculo utilizadas na avaliação do gado. Se não houver nenhum questionamento sobre os critérios adotados, a superintendente do Mapa, Valmir Kowalewski fica autorizado a informar ao dono do gado, André Carioba, o valor que será pago pela indenização.

Se o pecuarista concordar, o Mapa dá início os procedimentos para o sacrifício dos bois. Antes, porém, Carioba precisa retirar a ação que tramita na Justiça Federal, onde uma liminar impede que os animais sejam mortos. Caso não concorde com o valor, ele pode prosseguir com a demanda judicial. A segunda metade da indenização é custeada pelo Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Paraná (Fundepec).

Isolamento

Uma barreira sanitária impede o acesso de pessoas alheias ao manejo do gado à Fazenda Cachoeira. Na quinta-feira a reportagem da Gazeta do Povo entrou na propriedade e acompanhou à distância o movimento dos técnicos. Ontem, uma determinação da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab), através da Divisão de Defesa Sanitária Animal (DDSA), impediu o acesso da equipe. Segundo a assessoria de imprensa da Seab, determinação da DDSA, órgão do Departamento de Fiscalização (Defis), foi tomada com base nas regras da Organização Internacional de Saúde Animal (OIE).

O anúncio da suspeita de febre aftosa no Paraná completa hoje 107 dias. A declaração do Mapa sobre a existência de um foco da doença em São Sebastião da Amoreira foi há dois meses.

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