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O dólar encerrou em alta ante o real nesta segunda-feira, com uma retomada das preocupações sobre o ritmo de recuperação da economia global.

A divisa norte-americana avançou 0,46 por cento, a 1,962 real para venda, após subir 1,48 por cento mais cedo.

Segundo o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, a divulgação de dados do setor de serviços nos Estados Unidos, que apresentou retração menor em junho que no mês anterior, amenizou o pessimismo dos mercados.

O relatório, no entanto, não conseguiu neutralizar os temores de que a recuperação econômica global pode demorar.

O índice do Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) subiu para 47,0 no mês passado, ante 44,0 em maio --acima da mediana das expectativas de economistas, mas ainda abaixo do nível que separa contração de crescimento.

No final da tarde, uma leve melhora em Wall Street também contribuiu para arrefecer o avanço do dólar no mercado doméstico.

"Lá fora o dia está ruim. O mercado está trabalhando no campo negativo e isso colaborou para um fluxo de saída de dólares do cenário doméstico", disse Rodrigo Nassar, gerente da mesa financeira da Hencorp Commcor Corretora de Câmbio.

Os investidores ampliavam a aversão a ativos considerados de risco, receosos de que a economia mundial possa demorar mais que o previsto para se recuperar.

"A inadimplência e o desemprego nos Estados Unidos continuam aumentando, e a população norte-americana tem elevado suas reservas de poupança, o que significa menos dinheiro para o consumo", destacou Medeiros, da Pioneer.

Nesta segunda-feira, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, afirmou que o G8 não deve presumir que uma recuperação econômica global está próxima, adicionando mais pessimismo às perspectivas econômicas.

Medeiros lembrou que a queda do preço das commodities também contribuiu para a apreciação da moeda brasileira. O índice RJ/CRB de commodities apresentava queda de 2,3 por cento.

O desempenho ruim das bolsas em Nova York e do petróleo --que despencou 4 por cento no fechamento do mercado norte-americano-- contaminava o principal índice da bolsa brasileira, que cedia 1,5 por cento no momento em que os negócios no mercado de câmbio local se encerraram.

Na sexta-feira, o dólar fechou praticamente estável ante o real, em dia de fraco volume de negócios por conta do feriado do Dia da Independência nos Estados Unidos.

De acordo com os números mais recentes da BMF Bovespa, o volume de dólar negociado no segmento à vista era de 1,5 bilhão de dólares.

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