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Por que sobe?

Entenda quais são os fatores que influenciam o aumento dos preços.

Preços controlados

Quando a inflação está muito alta, o governo pode tentar segurar (como fez em 2013) os preços administrados. Vários deles têm impacto indireto sobre os custos de produção e transporte de outros produtos. Estão nesse grupo itens como energia elétrica, transporte público e combustíveis.

Commodities

São produtos com preços fixados internacionalmente. É o caso de soja, petróleo, carnes, milho e algodão. Além de serem influenciados pela demanda e produção mundial, os preços também são impactados em cada país em função do câmbio.

Oferta e demanda

Esta relação explica o fenômeno mais básico da inflação. Se existem mais pessoas querendo comprar determinado produto do que a sua quantidade disponível no mercado, há um aumento de preço.

Câmbio

Parte dessa oferta pode ser suprida por produtos importados, por exemplo. Neste caso, se o real está desvalorizado, os produtos entrarão no mercado a preços mais altos, pressionando a inflação.

Serviços

Neste caso, não há concorrência com os produtos estrangeiros, então a oferta é determinada por fatores como a conjuntura econômica e a localização. O desempenho do mercado de trabalho afeta tanto a oferta quanto a demanda pelos serviços.

Parte da inflação dispersa e persistente dos últimos anos se explica pelo fato de que o crescimento da demanda – em muitos casos – não teve uma contrapartida pelo lado da oferta. Sinal disso é a forte alta dos serviços, que ficaram em média 8,75% mais caros em 2013.

INFOGRÁFICO: Confira os serviços que mais subiram em 2013

Esse grupo de despesas, que é responsável por um terço do IPCA, acumula altas acima da média desde 2010, quando o Brasil registrou queda na taxa de desemprego de 8,3% para 6,7%. "Os preços inflados dos serviços são uma característica de um cenário próximo do pleno emprego", explica o professor de Economia da UFPR Marcelo Curado.

O grande problema é que, com um mercado de trabalho apertado, os salários subiram, mas a produtividade não acompanhou a mesma escalada. Enquanto as remunerações cresceram, em média, 8% no ano passado, a produtividade subiu perto de 1%. "Há um desequilíbrio e, com isso, um aumento desenfreado no preço de alguns serviços", explica o professor de Economia da Universidade Positivo, Lucas Dezordi.

Com isso, a demanda pelos serviços também cresce acima da oferta. A professora particular de inglês Mariana Capisco sentiu na pele este fenômeno. Ela explica que a demanda pelo curso que ela trabalha praticamente dobrou nos últimos anos. "Trabalhava numa escola e vi que poderia ganhar mais, com mais autonomia dando aulas particulares. Há uns anos, não existia um mercado tão grande", comemora. Somente em 2013, de acordo com o índice oficial da inflação, as aulas de idiomas ficaram 10% mais caras.

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