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MDIC ainda espera superávit comercial

O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Daniel Godinho, afirmou nesta sexta-feira (1º), que mantém a expectativa de saldo comercial positivo ao fim de 2013, ao comentar os resultados deste ano até outubro. Segundo ele, o ministério espera um aumento das exportações de petróleo e derivados até o fim do ano, enquanto as importações destes produtos devem cair. "Com melhora da conta petróleo, acreditamos que o resultado irá melhorar", disse.

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A balança comercial brasileira acumula um déficit de US$ 1,832 bilhão no ano, entre os meses de janeiro e outubro, ante um superávit de US$ 17,350 bilhões em igual período de 2012. O déficit no acumulado do ano é o pior do Brasil para os 10 primeiros meses do ano desde 1998, ano em que foi registrado déficit de US$ 5,080 bilhões. No acumulado do ano, as exportações somam US$ 200,472 bilhões e as importações, US$ 202,304 bilhões. Os números foram divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

No mês de outubro, a balança comercial apresentou déficit de US$ 224 milhões, resultado de exportações de US$ 22,822 bilhões e importações de US$ 23,046 bilhões. O déficit do mês passado é o pior para meses de outubro desde 2000, quando foi verificado saldo negativo de US$ 546 milhões. Na quarta semana de outubro (entre os dias 21 e 27), a balança comercial brasileira registrou déficit de US$ 72 milhões. Na quinta semana do mesmo mês (entre os dias 28 e 31), foi apurado déficit de US$ 1,155 bilhão. O resultado de outubro ficou abaixo do piso das estimativas dos analistas, que iam de um +US$ 300 milhões a +US$ 3 bilhões, com mediana de +US$ 1,2 bilhão.

Média

No acumulado do ano até outubro, a média diária das exportações está em US$ 945,6 milhões, uma queda de 1,4% em relação à média diária de US$ 959 milhões obtida no mesmo período do ano passado. Nas importações, o volume diário de compras em 2013 está em US$ 954,3 milhões, uma expansão de 8,8% na comparação com a média diária de US$ 876,8 milhões registrada nos dez primeiros meses de 2012.

Em outubro, a média diária de exportações foi de US$ 992,3 milhões. O desempenho diário dos embarques foi 0,3% superior ao registrado em outubro de 2012, mas 0,8% inferior ao de setembro deste ano. Já nas importações, a média diária de compras em outubro foi de US$ 1,002 bilhão. O resultado representa um aumento de 9,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado e um crescimento de 11,6% em relação a setembro deste ano.

MDIC: todas as categorias tiveram queda nas exportações

As exportações de todas as categorias de produtos registraram queda nos 10 primeiros meses do ano quando comparado ao resultado do mesmo período de 2012, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Os produtos semimanufaturados apresentaram a maior retração, de 8%. O resultado se deve, segundo o governo, principalmente às quedas nas vendas de óleo de soja em bruto, semimanufaturados de ferro/aço e ferro fundido. No sentido oposto, cresceram as vendas de catodos de cobre, couros e peles e celulose.

A exportação de produtos básicos caiu 0,7%, puxada principalmente por algodão em bruto, petróleo em bruto, café em grão e carne suína. Cresceram as vendas de milho em grão, soja em grão, carne bovina e minério de ferro. A queda dos manufaturados foi de 0,1%, principalmente devido à retração nas vendas de aviões, óleos combustíveis e laminados planos. Nessa categoria, cresceram as vendas de plataforma para exportação de petróleo, automóveis de passageiros e hidrocarbonetos e derivados.

Mercados

A exportação para os Estados Unidos ficou 9,2% menor no período devido a motores e geradores elétricos, petróleo em bruto e máquinas para terraplenagem. Para a África, as vendas caíram 8,3% devido a venda menor de trigo em grão, arroz em grão e veículos de carga. Para o Oriente Médio, a queda foi de 7,5%, puxada pelos óxidos e hidróxidos de alumínio e óleo de soja em bruto. Para a Europa Ocidental, a retração foi de 6,2%. Para América Latina e Caribe, exceto Mercosul, a queda foi de 6,2% e para a União Europeia, diminuição de 2,5%. Cresceram 4,8% as exportações para o Mercosul. Só para a Argentina, houve crescimento de 10,3%. Para a Ásia, o crescimento foi de 4,5%. Só para a China, o crescimento foi de 11,8%.

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